BLEEDING SUN | REMUS LUPIN

40. help to a friend

OS MESES PASSAVAM VOANDO agora. Estávamos prestes a embarcar no trem para o natal, Remus iria para minha casa outra vez, já que minha mãe recusou a possibilidade dele ficar na escola. Com o passar do tempo, eu e Madelyn nos reaproximamos aos poucos, e em consequência disso ela tinha se tornado amiga das meninas e dos meninos também. Porém, nas últimas semanas, ela não andava muito perto de Sirius. Eu até tentei jogar umas frases para que ela me contasse, mas nada aconteceu. Ainda não fazia ideia se eles namoravam ou não.

— Você já é parte da família, em? — James comentou quando entramos no trem.

— Minha mãe adora ele. Talvez não tenha essa sorte com os pais de Lily — belisquei o de óculos, e ele riu, mas eu consegui ver um pouquinho de pânico em seu rosto.

— É só não fazer essas piadas ruins que você tá salvo — a ruiva tranquilizou o namorado mas ainda ria comigo.

— Alguém viu a Madelyn? — Sirius apareceu com um semblante preocupado.

— Não, já procurou por ela com Jade?

Com o tempo, fomos nos aproximando outra vez e ela acabou de tornando próxima das meninas — especialmente de Jade. Elas se identificavam muito uma com a outra desde o início por gostarem de moda e cuidados com o cabelo. Eu ficava sempre boiando no assunto, mas adorava ver todas elas se tornarem amigas. Tinha ficado um tanto receosa com a possibilidade das garotas continuarem odiando ela — um alívio enorme se apossou de mim quando o oposto aconteceu.

— Jade já está no vagão, e não viu nada da Jones. Ela estava preocupada por causa da situação com os pais — o clima entre o grupo pesou. Todo mundo sabia dos problemas de Madelyn com a família, e era preocupante que ela sumisse tão de repente.

— Quando viu ela pela última vez? — Lily perguntou.

— Ontem, no salão comunal. — Sirius entrou em um vagão conosco.

— Faremos o seguinte, então — me acomodei ao lado de Remus — Vou escrever uma carta para ela, se não houver resposta até amanhã...

— Iremos até lá. — Sirius estava decidido.

Assentimos, e apesar de termos um plano, o grupo não conversou direito mais até chegarmos à estação. King's Cross estava gélida e movimentada como de costume, alunos com os malões corriam até os pais e cumprimentavam os amigos, partindo para o recesso. Minha mãe acenou e nós dois andamos até eles depois de nos despedirmos dos outros.

— Vocês estão congelando — mamãe colocou um casaco em volta de Remus e outro em cima de mim, e então nos abraçou.

— Onde está Peter? — perguntei.

— Em casa, Lucas quebrou o pé tentando limpar a chaminé.

— Ele está bem? — meu namorado entrou no banco da frente antes que eu o roubasse.

— Era meu lugar!

— Perdeu, gatinha — ele fechou o vidro na minha cara e eu suspirei indo para trás.

— Respondendo á sua pergunta, ele está sim. Agora parem de brigar e vamos pra casa — mamãe deu partida e nós seguimos caminho.