21. jealous

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ESTAVA COMENDO O almoço, a última coisa que eu tinha comido tinham sido os biscoitos que Filch quase confiscou com ele quando pegou eu e Remus matando aula.

— Não acredito que você acabou de voltar e já está de detenção — Lauren suspirou ao meu lado.

— O que estava fazendo com Lupin a essa hora da madrugada? — Beth disse enquanto tomava mais um gole do suco de abóbora.

— Foi um acidente, eu acabei dormindo na sala e ele não quis me acordar.

— Que sala era essa que vocês estavam?

— Uma do terceiro andar — menti.

— Falando nele... — segui o olhar de Jade e vi Remo chegando até a nossa mesa.

— Está na nossa hora, bela adormecida, vamos? — ele estendeu a mão.

— Tchau, meninas. — segurei a mão dele saímos andando — onde está o resto do bando?

— Caminhando por aí. Não viu eles ainda?

— Não.

— EVELINEEEEEE! — eram James, Sirius e Pedro. Me surpreendi com o terceiro gritando meu nome, pensava que ele não gostava muito de mim.

Sirius me deu um abraço, em seguida James, e por último, Pedro.

— Sentimos muito.

— Obrigada.

— Como você está? — Pedro perguntou.

— Melhor.

— Como se sente com sua primeira detenção? — James cruzou os braços.

— Esquisita, mas foi engraçado.

— Pensei que você fosse ter um infarto quando Filch apareceu. Você ficou cinco vezes mais branca. — Remo falou e os meninos riram.

— Em minha defesa, ele apareceu literalmente do nada.

— Temos que ir agora, se não pegamos mais uma semana na detenção.

— Sejam obedientes! — James gritou enquanto caminhávamos para a sala onde ficaríamos de castigo toda tarde depois das aulas.

Quando entramos, estava vazia.

— Será que esse vai ser nosso castigo? Ficar aqui sem fazer nada?

— Eu não vou reclamar — ele se sentou em cima de uma mesa — Você está bem?

— Precisa parar de perguntar se estou bem toda vez que me vê. — ele abriu um sorriso tímido.

— Tudo bem. Mas então, o que fazemos?

— Eu não tenho ideia. Estou entediada demais.

— Já colocou suas matérias em dia?

— Estava esperando que elas aparecessem sozinhas no meu caderno.

— Vamos, Eveline. Temos que começar.

Ele tirou os livros de dentro da bolsa e me entregou alguns, quando começamos a colocar tudo em dia ele me ajudou copiando algumas coisas para mim.

Por volta de quarenta minutos depois, a porta da sala foi aberta.

Era Kyle.

— Ah, olá — ele acenou quando entrou — Pensei que ficaria sozinho hoje.

— Bem, mas não vai. — Remo disse o olhando e eu franzi o cenho.

— O que te trouxe aqui? — perguntei tentando acabar com o clima tenso.

— Talvez eu possa ter dado um soco na cara de alguém da lufa-lufa — ele se aproximou — Fazia um tempo que não te via, está tudo bem?

— Sim, sim. — tentei sorrir.

Não queria que pessoas fora do meu círculo soubessem o que estava acontecendo. Era pessoal demais e eu não queria ter que ouvir discursos sobre como superar o luto ou qualquer coisa do tipo.

— Filch não deveria estar aqui? — no mesmo instante, o zelador abriu a porta.

— Infelizmente, o diretor não deixou que eu levasse vocês para a floresta, mas não vou facilitar. — ele caminhou em passos fortes até uma lousa um pouco adiante das nossas mesas.

— As espinhas não deviam acabar depois da adolescência? — Kyle sussurrou para mim e Filch jogou um pedaço de giz na cabeça dele.

— Está animado para piadinhas, não é? Espero que esteja animado para copiar não devo bater nos outros seiscentas vezes em seu caderno.

— Seiscentas? — falamos juntos.

— Reclamem e eu aumento para setecentas.

Nos calamos na mesma hora.

Passamos as próximas quatro horas copiando nossas frases. A minha e a de Lupin era: "Não devo sair depois do horário de recolher".

Pensando bem, não era um castigo tão pesado para alguém como Filch. Alguns alunos diziam que ele era sádico, e que ele pendurou alunos pelos pés perto da floresta proibida pela noite inteira. Acho que tivemos sorte.

— Amanhã vocês voltam. Saiam. — o zelador apontou para a porta e fui rápida em juntar minhas coisas e sair pela porta.

— Caramba, ele é louco — Kyle estava abrindo e fechando a mão — Suas mãos — ele segurou meu punho.

Eu não tinha reparado nas marcas, mas minhas mãos estavam vermelhas e tinha calos por toda a parte. Havia algumas bolhas alguém.

— Deus, Eve. — Lupin agarrou minha outra mão, estranhei ele me chamar de Eve.

— Vamos, eu te levo até a enfermaria — Kyle tentou me puxar mas Remo me segurou.

— Eu a levo, sem problemas — ele arqueou as sobrancelhas.

— Eu acho que consigo ir sozinha — soltei minhas mãos dos dois e fui em direção a enfermaria no andar de baixo.

— Eu te acompanho. — Remus se pôs ao meu lado.

— Bom, eu também. — Kyle surgiu do outro lado.

O que diabos eles tinham na cabeça?

— Chega, os dois — olhei para eles — Não sei o que vocês estão fazendo, mas sou capaz o suficiente de fazer minhas escolhas e não preciso que fiquem nessa... competição idiota.

Eles se entreolharam, acho que nunca tinha visto Remus tão irritado.

— Eu vou a enfermaria, e vocês deviam vir não por minha causa, mas por que a mão de vocês também está do mesmo jeito que a minha.

O jantar já devia estar acontecendo, mas assim que Madame Pomfrey nos viu, não deixou que saímos da enfermaria até enfaixar nossas mãos.

Ela trouxe o jantar para a gente e comemos enquanto ela cuidava de nós.

— Pensei que Filch tinha torturado vocês na floresta proibida para demorarem tanto — Sirius sentou ao meu lado.

— Ah, tivemos sorte. Ele só mandou a gente escrever umas frases seiscentas vezes.

— Caramba, seiscentas? — James arregalou os olhos — Vocês fizeram quantas hoje?

— Duzentas e sessenta três — Remus andou até mim e observou a minha mão.

— Duzentas e setenta e quatro — encarei ele — Acho que eu ganhei.

— Ganhou mesmo — Kyle sentou do meu lado — fiz duzentas e sessenta e três.

Remus e Kyle se encararam de novo.

— Isso já aconteceu quantas vezes hoje? — Sirius perguntou se aproximando do meu ouvido.

— Pelos meus cálculos, essa é a quinta vez.

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BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora