epílogo

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O BOLO PESAVA EM MEUS BRAÇOS quando Sirius se aproximou tentando pegá-lo de mim.

— Pode tirar essa mão suja daí! Não vai comer antes da hora de novo — alertei, caminhando até a mesa e colocando o bolo em cima da toalha branca.

— Eu nem ia comer, só experimentar. Ter certeza de que estava bom antes de vocês ingerirem — ele disse gesticulando seriamente.

— Vai perturbar a sua esposa, que tal?

— Assim você quebra meu coraçãozinho — ele fez um bico.

— Por que não vai atrás de Remus? É aniversário dele e ele fugiu da própria festa. Diga para ele vir para cá agora.

— Não sou seu empregado — ele reclamou — Sou sua coruja.

E então saiu andando, para cumprir o meu pedido. Saí do gramado onde a mesa estava posta e fui para a cozinha, encontrando Madelyn e Lily.

— A torta de pêssego está péssima, meu deus — Madelyn cuspiu a poção de sua boca no lixo.

— Peter que cozinhou ela — Lily riu — Dizendo ele que haviam ingredientes especiais.

— Veneno, só pode. — Madelyn lamentou — Onde estão eles?

— Mandei seu marido ir buscar eles.

— Quer dizer que eles não estão aqui? — Lily questionou, e eu assenti — Ótimo. Tenho algo para contar a vocês.

Madelyn e eu estávamos um tanto preocupadas, pois Lily parecia genuinamente nervosa, e normalmente a garota era um poço de calmaria — menos quando se tratava de James, que conseguia estressar a esposa com uma facilidade enorme.

— Eu estou grávida. — ela sorriu.

Eu e Madelyn pulamos em cima dela e a abraçamos ao mesmo tempo, felizes demais para conter a animação. Acabamos recuando com medo de que o abraço apertado demais acabasse fazendo mal ao bebê.

— James já sabe? — perguntei, entrelaçando nossas mãos.

— Sim, descobrimos ontem. James tem cem por cento de certeza que é um menino.

— Tenho o pressentimento de que ele e Sirius vão apostar entre menino e menina.

— Devem estar fazendo isso agora, na verdade — Madelyn riu — Estou muito feliz por você, Lily.

— Obrigada. — a ruiva nos abraçou de novo — Acho que nunca estive tão feliz em toda a minha vida.

Ficamos alguns minutos conversando sobre roupas de bebê e o enxoval, até os meninos chegarem e Sirius e Remus abraçarem a ruiva ao mesmo tempo. James ajeitava os óculos rindo como um bobo.

— James. — abracei ele — Estou tão feliz por vocês.

— Dá pra acreditar? Em menos de um ano vai ter um Potter Pocket correndo pela casa.

— Não exatamente correndo, talvez engatinhando.

— Não seja tão realista. Meu filho terá superpoderes e vai ser o primeiro bebê da história a nascer sabendo andar.

Não consegui conter outra risada, e senti a mão do meu noivo nas minhas costas.

— Desculpa a fuga do meu próprio aniversário, mas James tinha algo para nos mostrar.

— E o que é?

— Segredo dos marotos, Collins. — Sirius entrou na conversa.

— Chatos. — eu e as garotas falamos juntas — Vamos lá para fora, estou morta de fome — pedi.

— E a sua mãe? Pensei que ela viria.

— Ela mandou seu presente, se é isso que quer saber — belisquei Remus — Nesse momento ela deve estar em um trem com o novo namorado. Ela pediu desculpas por não estar aqui, mas garantiu que irá te compensar no próximo, comprando quanto chocolate você quiser.

— Acho bom mesmo — nos sentamos á mesa — Sem cantar parabéns, pelo amor de deus.

Só por causa disso, cantamos parabéns duas vezes e com uma nota alta feita por Sirius no final da música.

— Parabéns, velhote! — James bateu no ombro de aluado.

— Já pode se aposentar da carreira de professor — Sirius adicionou.

Remus era, agora, professor. Ele estava competindo por uma vaga no cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas em hogwarts.

— Então, o que pediu? — perguntei depois que ele assoprou as velas.

— Acho que não se realiza se eu contar.

— Sou sua futura esposa, não podemos ter segredos. — tentei convencê-lo, e ele sorriu.

— Bem, parte do desejo envolve você, então...

A mesa estava numa barulheira alta, Lily brigava com Sirius por pegar um arranjo de flores para bater em Peter, que fez um comentário absurdo sobre quadribol.

— Pedi para termos um filho também. Acho que já está na hora.

Aquilo me pegou de surpresa.

— Mesmo?

— Sim.

— Pensei que fosse me enrolar para sempre! — bati no seu ombro enquanto ele ria mais e mais — Bom, podemos colocar o pedido em prática quando quiser.

— Depois que Lily matar Sirius, com certeza. — ele apontou para o outro lado da mesa, onde Sirius saiu correndo com Evans em seu encalço lhe apontando a varinha.

Segurei a mão do meu noivo e ele beijou a minha cabeça enquanto observamos James — logo James — tentar parar a esposa.

— Lar doce lar.

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FIM.

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora