43. final game

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MINHAS COSTAS ESTAVAM doloridas de tanto subir e descer as escadas. Madelyn e eu estávamos colocando todos os alunos para fora, para irem ao estádio onde aconteceria a final do campeonato de quadribol.

— Caramba, estou cansada de chegar perto da final e nunca ganhar. — minha amiga disse ao meu lado quando terminamos o trabalho e andamos até o campo.

— Nem me fale. Mas estou confiante hoje. Beth está realmente determinada, mais do que nunca.

— Também estou confiante. Acho que dessa vez é nossa.

Demos as mãos pra não nos perdermos na multidão, e encontramos nossos assentos perto de Jade e Lauren, elas reservaram com um boné e uma bandeira da nossa casa.

— James contra Beth. Estou ansiosa por esse embate. — Jade riu, e eu assenti um tanto nervosa.

Do outro lado do campo, estava Remus, Lily e Peter. Meu namorado fez um sinal com a cabeça e Lily acenou, mesmo que estivéssemos no modo competitividade máxima. Peter demorou bastante tempo para nos enxergar, e quando viu ele chacoalhou os braços, receptivo.

Madame Hooch entrou em campo enquanto o público enlouquecia. A gritaria era alta, e eu fazia parte dela. Quando ela deu sinal para o jogo começar, senti um arrepio percorrer meu corpo quando Beth passou pertinho de nós.

Meus olhos tentavam acompanhar o jogo, mas era difícil prestar atenção em tudo. Decidi focar em James e Beth correndo pelo campo em suas vassouras, tentando pegar a bolinha voadora que se rebelava ainda mais quando eles chegavam perto. Em dado momento, Simons passou perto da bola e Potter passou tão perto que ela deu um giro de trezentos e sessenta na vassoura, e perdeu algum tempo tentando se equilibrar.

— Potter desgraçado! — Lauren gritou.

— Ah, deus — decidi fechar os olhos quando percebi que estava ficando zonza.

Quadribol não é para mim.

— Esse imbecil do Leonard não sabe nem rebater, idiota! — Lauren gritou, com a raiva subindo pela garganta.

— Leonard não é do nosso time? — Jade perguntou, quase tão perdida quanto eu.

— Ele é, por isso chamo de burro. É só rebater! — Lauren batia a mão freneticamente contra a madeira.

— Alguém está vendo Potter? Ele sumiu — Madelyn comentou tentando ver algo com seu binóculo.

Procurei por eles, nada apareceu. Só depois de longos minutos que duas vassouras juntas passaram do nosso lado e foram indo em direção ao chão. Estava claro que Beth e James estavam se atracando em socos quando a minha amiga pousou no gramado, de pé, e ergueu os braços.

Ela tinha o pomo de ouro em mãos.

Pura gritaria e alegria encheram as arquibancadas da minha casa, e os jogadores se juntaram no centro do campo se abraçando. Fizemos o mesmo lá em cima, cumprimentando até quem não conhecíamos.

— Caramba, nós ganhamos! — abracei Madelyn.

— Vou esfregar tanto isso na cara do Sirius — lembrei da aposta que eles tinham feito — Agora ele me deve vinte libras.

— Quero até ver o calote que ele vai te dar — rimos juntas, e um dos veteranos da nossa casa chamou todo mundo para o salão comunal, onde a comemoração ia acontecer.

Esperamos esvaziar para sairmos sem sermos atropeladas pela quantidade de pessoas — quando chegamos lá em baixo, encontramos Beth que chorava e ria ao mesmo tempo.

— Nós ganhamos, cara! Nós ganhamos! — ela pulou em cima de nós, com um abraço desajeitado — Acho que nunca estive tão feliz.

— Estamos muito felizes também.

Ela batia nas mãos que tentavam cumprimentá-la, em um gesto não tão formal como ela costumava ser. Agora era definitivamente a heroína da corvinal.

— Quero beber! — ela gritou, e de repente foi levada nas costas de um colega de time para dentro do castelo.

Comecei a rir — Ah deus! Onde eles estão?

— Eu não faço ideia — Madelyn procurou pelos meninos no campo.

Os jogadores da grifinória saíram aos poucos, com o orgulho obviamente ferido. Tentei sorrir gentil, mas acho que eles não queriam ver ninguém da corvinal hoje. Os últimos a saírem foram justo os que estávamos procurando.

— Me deve vintinho — Madelyn comemorou com uma dança tosca e abraçou o namorado.

— É isso o que me diz logo depois de eu perder um jogo super importante? — ele lamentou.

— Não seja bobo, Black. — eles deram as mãos — Nós dois sabemos bem que você faria o mesmo se fosse eu.

— O mesmo? Ele faria pior — Remus disse segurando a minha mão.

— Ele estaria cantando uma música chamando a corvinal de fracasso, só pra te irritar — James acrescentou, procurando por Lily.

— Ela deve estar vindo, estava na arquibancada quando eu saí — falei para o de óculos — Você e a Beth quase se matam, hein?

— Ela me deu um soco no braço. Nem sabia que ela era tão forte — ele colocou a mão no machucado.

— Pelo menos a Lily vai cuidar de você. Veja pelo lado bom — ele sorriu bobo.

— Vamos fazer o que agora? — Peter questionou andando ao lado de James.

— Bom, nós — apontei para Madelyn e as meninas que andavam mais á frente — Vamos beber e festejar. Acho que vocês não estão muito no clima, não é?

— Você é tão má. — Remus lamentou.

— Ainda não viu nada, docinho — provoquei-o cutucando seu queixo.

— Olha, se roubar comida para mim eu não fico mais triste — Sirius disse em voz alta.

— Nesse caso... vamos contrabandear comida da cozinha. Os elfos de lá me adoram, eles são ótimos.

— Então vamos.

E terminamos o dia comendo e bebendo em quantidade elevada, o que causaria prováveis dores nos dias seguintes. Quando voltamos á sala comunal pra festejar, encontrando uma Lauren e Beth completamente bêbadas, e a última fez questão de vomitar no belo cabelo de Madelyn.

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BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora