"Quatro raízes de todas as coisas: fogo, ar, água e terra."
Te convido a imergir no Universo de Amis. Um Reino distante fundado por lendas pede licença para habitar sua imaginação. Um amor tão proibido quanto sua própria intensidade coloca a jovem...
"Foram quase sete dias sozinha na casa de praia, em uma expectativa enorme do que poderia estar acontecendo sobre o Reinado. Hoje amanheceu mais quente que o normal, tomo um banho de banheira logo pela manhã e quando saio do banheiro enrolada apenas em minha toalha, meus passos travam.
Ali, em cima da cama, a pequena caixa de jóias me faz sorrir rapidamente. Aquilo era o sinal, eu não estava sozinha. Aquele solitário de diamante era a resposta para minhas duas perguntas, sim, Sina foi coroada Rainha do Reino de Amis e sim, estou sendo pedida em casamento.
A respiração dele sob minha nuca me faz fechar os olhos.
Está acontecendo, finalmente."
"Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor!" -Jo. Cooke
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•Any Gabrielly•
Eu acho que nunca fui boa com despedidas, me lembro do meu luto no Olimpo, tão infantil e intenso; nem se compara a esse. Não falamos muito nele, ouve a cerimônia dos corpos, os velórios e agora apenas silêncio. Vi minha irmã meio afastada da multidão, depois ouvi notícias de que ela estava nos montes com Hina, acampando para as estrelas.
Fico feliz por ela ter uma amizade para se segurar nesse momento, eu queria que fosse eu, mas, é melhor assim. Selene faz muitas perguntas, quer saber de Robert, onde ele está, para onde as pessoas que morrem vão; algo que talvez eu terei que repetir mais tarde sobre sua mãe biológica que morreu em minhas mãos.
O reino está silencioso, como nunca esteve antes, Josh está um observador nato, não aceitou ainda a calmaria, acho que seu corpo ainda está em aspecto de guerra, sua mente nunca desliga, seus pesadelos são constantes. A casa de praia apesar de cheia, está carregada de solidão.
Todos dizem que o casamento vai mudar tudo, todos estão esperando por isso como se atravessar uma passarela de branco fosse curar todas as dores da morte; isso é besteira. Mas, contra minha sensatez ou não, estou organizando tudo. Caminhando atrás de Sina pelos corredores do castelo, minha mente vai tão longe quanto eu possa imaginar.
Seu vestido arrastava no chão enquanto ela falava, tento acompanhar seus passos e falas, mas confesso que não estou completamente focada nas mudanças do castelo que ela está me explicando. Aceno com a cabeça e concordo sem escutar, mas uma pergunta dela me faz sair do transe que eu eu estava.
-O que você acha disso? -Sina aponta para a estátua do tataravô-
-Bem... -uma careta se forma em meu rosto-
-É, eu sei, totalmente antiquada e machista. -ela dá de ombros- Tirem!
-Machista?
-É como a Heyoon chama esse tipo de comportamento. -ela diz gesticulando-
