◈ CAPÍTULO 16 ◈

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Luigi não é capitão do time de futebol, mas tenho que fazer o papel de boa namorada que se importa com o jogo, vir assistir até alguns de seus treinos

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Luigi não é capitão do time de futebol, mas tenho que fazer o papel de boa namorada que se importa com o jogo, vir assistir até alguns de seus treinos.

Não estou sendo uma boa namorada: estou ajoelhada no vestiário da universidade chupando o pau de um cara do time rival.

Ele aperta os dedos no meu cabelo, mas em vez de eu sentir um aperto prazeroso na boceta, sinto dor no coro cabeludo.

"Que boca quente, princesa."

Sérgio começa a empurrar mais o pau na minha garganta. Pelo menos ele está banhado. Mas a força que está colocando me deixa sem respirar e eu engasgo. O jogador me pressiona no seu pau, meus olhos enchem d'água e eu só consigo me afastar enfiando as unhas nas suas coxas para ele me soltar.

"Porra! Não faz mais isso, sua puta! Eu gosto de garotas selvagens, mas isso doeu, cacete."

Não rebato porque estou tossindo.

"Não tem reflexo?" ele zomba.

Tenho. Só que você é um bruto. Eu gosto de força, mas esse cara fez sem meu consentimento.

"Não quero engolir," aviso, me recuperando.

"Ah, bora..." ele acaricia meu rosto. Sinto repulsa. "Tu vai gostar."

Eu já engoli esperma antes, só não quero engolir deste cara.

Tento me levantar, mas o jogador impede me pressionando para baixo com as duas mãos nos meus ombros, "Não, espera aí. Vai aonde? Não gozei ainda, princesa."

"Meu namorado vai estranhar essa minha demora no banheiro. Tenho que continuar assistindo seu treino."

"Ah, qual é. Eu estava tão perto!"

Ele me lembra jogador de futebol americano em séries de televisão: branco, misógino e violento. Não muito diferente dos da vida real.

Ameaço, "Não vai querer que os rapazes dele te dê uma surra, vai?"

Sérgio resmunga. Enfim consigo me levantar e sair do vestiário.

Passo no banheiro pra pentear o cabelo e retocar a maquiagem. Apoio minhas mãos no mármore da pia, olhando pro meu reflexo no espelho, e não consigo controlar as lágrimas.

Abaixo a cabeça, chorando. Meu nariz entope, meu corpo treme. Tantas coisas estão me atormentando.

Ergo a cabeça me forçando a segurar o choro. Tenho que retocar a maquiagem uma segunda vez.

Luigi me avista quando me sento na arquibancada e eu mando um beijo pra ele, que sorri

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Luigi me avista quando me sento na arquibancada e eu mando um beijo pra ele, que sorri. Eu teria pena se ele não fosse um escroto abusivo.

O treino está acontecendo à tarde, após a aula, e eu só queria ir pra casa.

Vinte minutos depois, o treino finalmente acaba. Animado, Luigi sobe os degraus da arquibancada. Quando me alcança, puxa meu rosto com as duas mãos e beija minha boca. Eu sorrio no beijo pensando que meu namorado não faz ideia do pau que esteve entre meus lábios.

"A gente ganha esse campeonato," ele senta ao meu lado.

"Vocês são os melhores," incentivo, ainda sorrindo.

Uns pingos de chuva caem. O tempo está fechando.

"Ai, não," me levanto. "Bora. Quero ir embora."

"Tô descansando, bebêzinha."

"Pois descanse sozinho."

"Como tu é chata," ele cede, me seguindo.

Luigi me acompanha até meu carro. A pausa repentina que eu dou no estacionamento faz seu peito bater contra minhas costas.

"Que foi?"

Alguém escreveu 'puta' na janela do meu carro.

"Que criativo," falo sem emoção, pensando em Sérgio. Só pode ter sido ele quem fez essa babaquice.

"Por que alguém escreveria uma merda dessa?" meu namorado questiona.

Você também me chama disso e de modo pejorativo. "Alguém com inveja," finjo desinteresse.

"Se eu descobrir quem foi o filho da puta..."

"Me dá uma toalha," peço duramente, estendendo minha mão.

Luigi pega uma toalha na sua mochila. Esfrego na tinta de caneta até apagar.

"Ficou manchado," reclamo. "Vou pedir pra um funcionário limpar essa parte quando eu chegar em casa."

Retorno a toalha ao meu namorado e dou um selinho nele antes de abrir a porta da minha Lamborghini para ir embora da faculdade. Essa puta aqui só quer algum silêncio na mente.

 Essa puta aqui só quer algum silêncio na mente

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