◈ CAPÍTULO 61 ◈

3.3K 343 91
                                    

Recebi uma ligação interessante ontem à noite: Chaewon me convidando para sair, dizendo que eu quase namoro seu melhor amigo e que ela quase namora minha prima e que isso seria motivo para fazermos algo só nós duas juntas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Recebi uma ligação interessante ontem à noite: Chaewon me convidando para sair, dizendo que eu quase namoro seu melhor amigo e que ela quase namora minha prima e que isso seria motivo para fazermos algo só nós duas juntas. Nem precisava me convencer, respondi.

Após o café da manhã, entro no McLaren dela para irmos a uma papelaria. Não é meu tipo de passeio, porém é bom sair da rotina. A ida de carro é ouvindo música e cantando juntas, como amigas de longa data.

"O que vamos procurar?" pergunto ao entrar na loja. Tem três andares e cafeteria. O cheiro de papel novo e café é maravilhoso.

"Vamos descobrir."

A sigo. Ela para pra olhar uma prateleira de tintas.

"Depois dos meus pais, Ettore foi a primeira pessoa a me dar um presente relacionado a arte," Chaewon me conta. "Éramos crianças, mas ele já acreditava no meu potencial como artista."

Ettore parecia tão bondoso. "Como ele era na infância?"

"Um garoto gentil. Amava flores, chocolate e gatos. Segurava a mão dos amigos, independentemente de gênero. Dava beijinhos na testa também." Chaewon se vira mais na minha direção, e abaixa a voz, "Cá entre nós, ele não mudou muito. Ok que se tornou um assassino, mas seus princípios apenas mudaram um pouco."

Tiros e gritos ressoam pela entrada da loja. Nos entreolhamos em pânico. Ao invés de nos abaixarmos por proteção, seguramos a mão uma da outra e corremos para longe, em busca de uma saída. Estão matando quem estiver no caminho; não podíamos ficar paradas.

"Tem alguém seguindo a gente!" Chaewon grita.

O medo me faz empurrar uma porta qualquer. Mas nos deparamos com um corredor de portas. Estamos muito fodidas.

A pessoa mascarada nos alcança e, por pura adrenalina e desespero, Chaewon dá-lhe um chute de taekwondo, conseguindo derrubar sua arma no chão. Corajosamente ou imprudentemente, avanço para pegar a pistola.

"Não estou aqui pra machucá-la, srta. Delacorte." A mulher tira a máscara e ergue as mãos, se rendendo. "Mestre Tiberius apenas deseja conversar."

Isso tudo foi meu pai pra chamar minha atenção?! "Você é uma Azul?"

A Azul assente. Destravo a arma e atiro na sua testa. Ela cai morta no chão, olhos abertos, poça de sangue se formando atrás de sua cabeça.

"Magda..." escuto Chaewon me chamar.

Olho na sua direção e então avisto meu pai no final do corredor, com seu sobretudo, mãos nas costas, e pessoas equipadas ao seu lado.

"Não foi uma perda. Ela foi desarmada muito facilmente," o tal mestre comenta sobre a Azul que acabei de matar.

"Monstro. Você matou pessoas inocentes pra se vingar de mim."

"Vingança? Não sou infantil como o Ettore," ele se aproxima em passos lentos. "Se ser um pai que faz tudo pela filha é ser um monstro, então tudo bem eu ser um."

MAGMAOnde histórias criam vida. Descubra agora