◈ CAPÍTULO 19 ◈

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Avisto Ettore se direcionar ao jardim da universidade

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Avisto Ettore se direcionar ao jardim da universidade. Quero segui-lo, mas estou com Luigi e seus colegas. Meu namorado tem um braço na minha cintura enquanto o time conversa sobre o campeonato.

Continuo desinteressada dez minutos mais tarde, então aviso para Luigi que preciso ir pra casa descansar. A gente se despede com um beijo longo demais pro meu gosto. Sorrio falsamente quando nossos lábios desgrudam.

Com menos pessoas presentes—com menos chance do meu namorado saber—, fica mais fácil eu ir até Ettore no jardim. Encontro-o numa mesa localizada abaixo de uma árvore, costas apoiadas no tronco, lendo um livro de romance de época com óculos de leitura.

"Quem diria que você tem um lado romântico," me aproximo.

Ettore olha pra mim por cima das lentes e então abaixa o livro. "Eu tenho coração, magnólia."

"Desculpa se desconfio disso quando você taca uma bola de boliche na cara de alguém," ponho minha bolsa na mesa e me sento no banco de frente para ele.

Ettore dá uma pequena risada. "Touché."

"Obrigada," agradeço após uns segundos de silêncio. Ele cerra os olhos, fechando o livro de bolso. Pigarreio antes de completar, "Sérgio estava me humilhando a noite toda, então... obrigada."

"Um tanto presunçoso de sua parte achar que te defendi," Ettore está sorrindo de lado. "Veio até mim pra me agradecer? Que desculpa besta pra admirar meu rostinho bonito."

"Vim falar que ele mereceu," me viro ainda mais na sua direção, cruzando as pernas por debaixo da mesa. "O babaca mexeu no meu carro."

Ettore fica tenso instantaneamente. Franzo a testa.

"Que foi? Surpreso que aprovei sua agressão ou que o jogador escreveu 'puta' no meu carro? Porque se for a segunda opção, o choque não faz sentido algum."

"Só me lembrei de uma coisa. Estou te ouvindo," ele desconversa, tentando se recompor.

Sua reação me deixa sem saber como prosseguir.

Voltando ao seu normal, Ettore prossegue por mim, "Ele mereceu, você disse. É vingativa, magnólia?"

Minha boca se entreabre, mas nenhuma palavra sai. Sinto um nó na garganta, como se eu estivesse encurralada. Estou em conflito. Não deveria ser uma pergunta complexa de responder. Já disse a mim mesma que violência faz parte da minha vida. Mas está difícil emitir em voz alta. Eu sinto como se fosse algo pessoal. Algo obscuro meu.

"Depende..." é o que consigo responder.

Seu sorriso agora é malicioso. "Você até que é interessante."

"Está perdendo muito em não me conhecer, Ettore. Uma pena pra você que eu não quero sua amizade."

Vejo seus olhos faiscarem devido a minha resposta confiante.

Ele sobe os óculos, "Não me quer como amigo, mas me procura."

Infelizmente, tem algo de viciante em falar com ele.

"Às vezes estou entediada," dou de ombros.

Ele dá uma risada que sua cabeça vai pra trás. Sinto uma indesejável vontade de passar os dedos nos seus cabelos.

"Você me entretém, magnólia."

Ele quer me torturar. Me tornar seu brinquedo. Sou um entretenimento para Ettore. Que pena que sou acostumada a ser usada.

Preciso ir embora, porque eu deveria temê-lo, mas não estou intimidada. Eu sou uma porra de uma bagunça.

"Permaneça se entretendo com seu romance de época," começo a me levantar. "Já li esse. Bem erótico. Boa escolha." Me retiro curiosa pra saber sua opinião sobre o livro.

Não quero sua amizade, mas quero saber dele.

Não quero sua amizade, mas quero saber dele

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