◈ CAPÍTULO 42 ◈

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Pela recepção da manicure, através do vidro da porta automática, avisto uma mulher sentada na cadeira de uma cafeteria do outro lado da rua, tomando uma xícara de sei lá o quê e lendo algo num iPad ao ar livre

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Pela recepção da manicure, através do vidro da porta automática, avisto uma mulher sentada na cadeira de uma cafeteria do outro lado da rua, tomando uma xícara de sei lá o quê e lendo algo num iPad ao ar livre. Ela tem cabelo curtinho loiro, é branca, está usando uma boina, um casaco longo abotoado e botas compridas. Sinto que já a vi antes. Não consigo ter certeza se a mulher está olhando para mim devido aos seus óculos escuros e porque a porta é espelhada, porém tenho a sensação dela estar me esperando.

A porta da manicure se abre, eu saio para a calçada e destranco meu carro. Farei um teste para saber se estou sendo seguida. Pode ser só paranoia, no entanto, não custa nada verificar.

Quando estou saindo com o carro, a mulher se levanta como se estivesse se preparando para ir embora. Passo pela cafeteria, mas o vidro fumê impede dela notar que estou de olho nela.

Paro no sinal vermelho e consigo ver pelo vidro retrovisor que a mulher está à dois carros distante de mim. Seu carro é caro e com detalhes azuis, chamativo demais para alguém que possa estar seguindo outra. Não desisto com a paranoia. Preciso saber até onde isso vai dar.

Dobro algumas esquinas, vendo que a mulher continua no meu mesmo trajeto, portanto, decido retornar para a rua em que estávamos, pra ela pensar que eu esqueci alguma coisa na manicure. Espero uns minutos para saber se ela sairá do carro.

Como ela não sai, mudo de plano. Pego minha arma Beretta Bobcat e encaixo na minha lombar, a blusa cobrindo. Meus saltos fazem som no asfalto enquanto atravesso a rua. Dou umas batidinhas na janela do lado passageiro de seu carro. O vidro abaixa.

"Oi," sorrio simpaticamente. "Desculpa incomodar. É que meu carro deu um probleminha, vão demorar pra resolver, então você poderia me dar uma carona rápida até um apartamento de uma amiga minha aqui perto? O sol está quente pra eu ir andando."

"Claro, claro. Pode entrar."

Ainda sorrindo, me sento no banco passageiro. Sem seus óculos, posso ver que seus olhos são azuis e que ela aparenta ser da faixa dos 30 anos.

"Magdala Delacorte me pedindo carona. Que dia louco," a mulher comenta.

Paro de atuar, "Você estava me seguindo, querida?"

Sua expressão também muda: ela também estava atuando.

Saco a arma e aponto pro seu rosto.

"Ok, você me pegou," a mulher ergue os braços, debochando de mim.

Minha intuição se provou boa mais uma vez.

"Não é paparazzi, pois não te vi com câmera, então quem é você?"

"Não preciso de câmera para saber que a srta. Delacorte faz coisas que a mídia-política ficaria decepcionada, como ameaçar uma mulher indefesa com uma arma e trair o namorado campeão bem debaixo do nariz dele no vestiário da universidade."

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