◈ CAPÍTULO 60 ◈

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Estávamos no píer do parque quando soubemos da notícia: Sérgio foi assassinado

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Estávamos no píer do parque quando soubemos da notícia: Sérgio foi assassinado. Meus olhos logo encontraram os da minha principal suspeita. Eu já havia percebido que Antonella estava estranha, mas Magdala estava normal, como se não tivesse esfaqueado alguém naquela noite.

"Não me convidou pra diversão?" reclamei comicamente.

Hoje é dia de lidar com as consequências: todos os convidados da festa foram chamados para depor. Como sabíamos que isto poderia acontecer, nos organizamos para sermos os álibis uns dos outros, impedindo de ocorrer furos na mentira.

Meu pai foi informado que eu tenho que ir à delegacia e veio me buscar em casa para me acompanhar. A mídia-política o chamará de 'pai presente', como sempre. Ele não é ausente, mas não está aqui porque se importa comigo.

"Saiu do trabalho cedo porque se preocupa com o filhinho? Que fofo," provoco ao fechar a porta da Mercedes.

"Filhinho? Você é maior de idade e continua se envolvendo em merdas."

Estou um pouco surpreso que ele não me recebeu com um murro tipo 'Oi. Saudade de te agredir'. Não me arrependo de tê-lo asfixiado.

"Está achando que eu matei o cara?" eu rio.

"Não está envolvido nisso?"

Não consegui ver o estado de Sérgio pessoalmente porque os policiais já haviam isolado a cena do crime, mas vi fotos. Magdala me dá orgulho.

"Não, mas queria," respondo.

Meu pai bufa.

"Quantas pessoas você já matou?" ele questiona após uns minutos de silêncio, não aguentando a curiosidade.

Sem deixar de olhar a cidade pela janela, respondo honestamente, "Não faço contagem."

"Jura? Assassinos em série geralmente gostam de troféu, nem que seja o número de vítimas. Não estou correto?"

Sim, mas eu não perco tempo contando e não sou burro de guardar evidência. "Você também questiona se Tiberius é assim?"

Meu pai fica impaciente. "Você mete os Delacorte em tudo. O que ele tem a ver?"

"O deputado não tem motivos pra guardar troféus de suas vítimas, e seus serial killers da gangue Azul obviamente são proibidos de manter evidências."

"Que porra está falando agora?"

"Ah, ele não te contou?" finjo inocência. "Tiberius Delacorte é líder de uma gangue bem mais violenta que a minha."

Deixo meu pai com o cenho franzido e boca entreaberta. Eu rio mentalmente.

"Jesus Cristo," ele exclama. "Sabia que Tiberius era perigoso e assassino, mas não de uma gangue de assassinos em série. Por que sua mãe foi se meter logo com esse homem?"

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