Capítulo 08

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- Arthur falando.

- Oi Arthur. Aqui é Rafaella.

- Ah, Rafaella. Esta é uma ligação muito cedo para uma manhã de segunda-feira, mesmo para você.

- Sim, peço desculpas se estou interrompendo seu sono.

- Nem um pouco, amor. Eu me levanto com os galos.

- Estou ligando a respeito de Gizelly Bicalho.

- Ah, sim, alguma novidade nisso?

- De fato, sim. Eu falei com ela na sexta-feira e ela amaria que você lesse o manuscrito. No entanto, ela tem algumas condições.

- Condições?

- Sim. Veja, Gizelly é uma jovem muito orgulhosa. Eu sabia disso, então, quando eu me aproximei dela, eu não disse a ela sobre a nossa conversa anterior. Ela estava disposta a liberar o seu manuscrito para mim, se e somente se, eu o enviasse a você sem amarras.

- Qual é o significado de tudo isso, Rafaella?

- Basicamente, ela não quer que você publique nada só porque eu, ou qualquer outro ligado a você, pediu.

- Em outras palavras, eu tenho que fingir que esta é a primeira vez que eu ouço falar disso?

- Sim. Ela foi muito inflexível sobre estar presente quando eu ligasse para você mais tarde, para garantir que eu não fizesse nenhuma publicidade dela para você.

- Que peculiar.

- Você sabe como os escritores podem ser. Eles são uma espécie muito temperamental.

- É verdade, é verdade. Bem, está tudo bem, eu suponho. Esperarei pela sua ligação mais tarde e simplesmente fingirei que não sei de nada.

- Obrigada, Arthur.

- Sem problema, minha querida. Ah, e Rafaella, por favor, não mencione isso para Hariany. Ela certamente ficará chateada se descobrir que o encaminhamento foi praticamente roubado dela.

- Então, Hariany falou do manuscrito para você?

- Como se você não soubesse, minha espertinha.

- Bem... eu...

- Eu presumo que você o leu?

- Li.

- Então deve ser algo especial, para você passar por cima das regras que você têm. Eu não sabia que você poderia ser tão complacente com os pedidos da escritora.

- É... especial... eu realmente acho.

- Então, eu mal posso esperar para lê-lo. Ligue-me em breve.

- Sim, senhor.

- Então, ela realmente beijou você? - Manoela está praticamente gritando no meu ouvido.

- Sim, Manu - Eu confirmo pela centésima vez nos últimos dez minutos, desde que ela me ligou.

- Oh, céus! Desembucha! Como foi?

- Não é nada do que você está pensando, Manu - Eu posso sentir minha paciência escorregando - Foi um beijo casto, ou dois nas bochechas e depois um na boca.

- Oh - Ela parece desapontada, mas eu a conheço suficientemente bem para saber que ela se recuperará rapidamente - Mas foi bom, certo?

- Foi - Eu respondo baixinho, ligando o meu notebook enquanto sento atrás da minha mesa de escritório.

- Eu sabia que seria! Então, quando ela conhecerá Genilda e Sebastião? - Eu conheço Manoela desde o colegial, e é desnecessário dizer que ela se tornou bastante confortável com a minha família. Eles estavam na base do primeiro nome desde o primeiro dia em que ela entrou na nossa sala de estar e fez um comentário espertinho sobre o bigode de Sebastião.

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