- Senhorita Bicalho - Eu anuncio assim que saio do meu escritório.
A doadora de grandes presentes está curvada sobre o seu computador, mão enfiada em seu cabelo e uma careta formando entre suas sobrancelhas. Ela imediatamente se endireita ao som da minha voz e olha para mim curiosamente. É bom ver que ela é capaz de reconhecer quem é a chefe quando estamos no trabalho.
Gizelly pode ser a líder em todas as coisas relacionadas aos meu pais... e certamente não falta a ela talento na arte de provocar os 'O' de curvar os dedos dos pés, mas, na Amanhecer, eu dou as ordens e estou aliviada que ela não pareça precisar ser lembrada disso.
- Venha comigo - Inclino minha cabeça para a direita e começo a caminhar nessa direção sem esperar pela sua resposta.
Eu a ouço correr até mim e, em seguida, ela está ao meu lado acompanhando o meu ritmo militar. Estou extremamente satisfeita em saber que, mesmo depois da minha vergonhosa demonstração esta manhã eu ainda me encontro relativamente sob controle em sua presença.
Eu sou honesta o suficiente para ser capaz de admitir que a minha paz de espírito é apenas baseada no fato de que Gizelly parece ser uma dorminhoca de primeira. Depois das suas palavras de despedida esta manhã, ou melhor, as palavras imaginárias conjuradas pela minha mente paranóica, eu caminhei até a cozinha, encontrando meu pai já acordado e vestido, como esperado.
- Eu queria agradecê-la por limpar o tabuleiro de Scrabble ontem à noite - Eu digo para Gizelly, mantendo meus olhos em frente e acenando minha cabeça para os transeuntes quando eles me cumprimentam.
- Ah... eu... - Ela balbucia ao meu lado - Eu não consigo me lembrar... - Ela para, olhando para mim de lado quando entramos em outro corredor.
- Que você o limpou? - Eu termino a frase para ela.
- Sim - Ela admite com um sorriso tímido.
- Oh, bem, isso certamente explicaria a conversa interessante que eu tive com o meu pai hoje de manhã - Eu digo com falsa sinceridade.
- Merda - Ela respira ao meu lado, fazendo o canto meu lábio tremer levemente.
- Merda seria uma descrição muito precisa da discussão muito desconfortável que eu tive com Sebastião em relação às diferentes gírias para a genitália.
Eu aceno em concordância e ofereço um sorriso tenso quando passamos por Hariany Almeida . Ela estreita seus olhos para mim em resposta, pegando-me um pouco desprevenida.
Hariany e eu nunca fomos realmente boas em termos de conversa, mas sempre fizemos um esforço para parecer civilizadas ao redor do escritório.
- Oi, Gi - Ela diz quando passamos por ela e eu posso literalmente sentir os cabelos da minha nuca levantando. Tão nojenta.
- Bom dia, Hariany - Gizelly cumprimenta brilhantemente e eu reviro meus olhos.
- Você está livre para um café por volta do meio-dia? - Ela pergunta enquanto eu mantenho o meu ritmo rápido, forçando Gizelly a se mover comigo.
- Vou avisá-la! - Ela responde por cima do seu ombro.
- Pfff - O som deixa a minha mente antes que eu possa segurar minha irritação irracional e Gizelly responde com uma risada suave.
Por que ela quereria beber café com aquela exibida, afinal?
Nas profundezas da minha mente, eu espero e rezo para que Hariany não tenha desconfiado do meu acordo com Arthur, ou com Gizelly.
Escolho ignorar o sentimento que está me corroendo e me concentro na discussão em mãos.
- Você sabia que eu tive que descobrir do meu próprio pai que você pode também pode se referir a isso como porrete? - Diante disso, Gizelly dá uma gargalhada.
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A Proposta (Girafa G!P)
FanfictionExiste apenas uma pessoa que Gizelly Bicalho odeia, e esta é a sua chefe... Rafaella Kalimann. Ela é fria. Ela é cruel e incapaz de emoção humana e, para maior frustração de Gizelly, a mulher mais quente andando na face da terra. • A história perten...