- Eu acho que nunca vi os sinais - Eu sussurro, apreciando a sensação dos dedos de Gizelly enquanto fazem carícias na minha cintura.Nós ainda estamos deitadas nuas na cama. Em algum lugar entre chupar a boca e pele uma da outra, nós viramos de frente uma para a outra espelhando as posições.
E então começaram as perguntas. Perguntas pequenas e insignificantes respondidas com alegria, às vezes perguntas grandes e pesadas tratadas com cuidado.
- Você a amava? - Ela pergunta tão baixinho que eu mal posso ouvi-la.
Seus olhos estão focados em mim, brilhantes e verdes na penumbra do quarto.
A chuva começou de novo durante o tempo que passamos conversando sobre tudo e nada, servindo como música tranquila de fundo para as nossas mãos errantes e olhos curiosos.
- Muito - Eu sorrio levemente, golpeando sua mão que desliza até a minha bunda para beliscar a pele suavemente.
Ela ri quando eu franzo a testa de brincadeira.
- Por que ela traiu você? - O rosto de Gizelly fica sério - Ela é cega?
Reviro meus olhos para ela e dou de ombros novamente.
- Mari era a sua melhor amiga? - Sua mão está na minha cintura novamente, suavemente girando as pontas dos dedos na cavidade.
- Eu a conheço há tanto tempo quanto conheço Gabriela. Elas foram para a escola juntas na reserva em Port Angeles.
Um pequeno vinco se forma entre seus olhos e eu levanto minha mão para suavizá-lo suavemente com meus dedos. Ela puxa minha mão para a sua boca e beija minha palma. Eu acaricio sua bochecha uma vez que seus lábios se afastam da minha pele e solto minha mão nos lençóis entre nós, traçando círculos invisíveis.
- Meu pai é amigo do pai de dela, desde sempre. Quando Gabriela e eu nos tornamos amigas, eu instantaneamente me tornei amiga de todas as meninas na reserva. Mari era uma delas.
- Por que namorar você, para começar, quando ela poderia ter simplesmente ficado com Mari desde o início? - Ela pergunta curiosamente, levantando sua mão para empurrar uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, e depois movendo para descansar sua mão no meu quadril.
- Eu não sei - Eu suspiro pesadamente - Eu nunca perguntei.
Ela acena e corre os olhos sobre a curva do meu corpo. Seu olhar de avaliação faz a minha pele esquentar e eu esfrego minhas coxas juntas por instinto. Seu sorriso de resposta me deixa saber que ela percebeu.
- Gabriela é uma otária.
Eu pisco e depois dou de ombros.
- Diga-me algo que ninguém sabe sobre você - Eu lanço a minha frase brega, mas, nesta fase, eu faria de tudo para mudar de assunto e a direção dos seus pensamentos.
Eu ainda tenho muitas perguntas antes de ceder à nossa necessidade de novo.
Ela levanta seus olhos para encontrar os meus e depois sorri.
- Eu sou um livro aberto - Ela pisca para confirmar que sabe o que estou tentando fazer - Falando de livros... - Ela morde seu lábio inferior quase nervosamente - Sem mais mentiras, Rafa.
- Sem mais mentiras - Eu aceno em concordância - Vamos lá, deve haver alguma coisa.
Eu oriento a conversa para longe desse tópico. Nós falaremos sobre isso, mas não agora. Não agora, quando eu tenho a oportunidade de uma vida inteira para conhecer melhor essa mulher.
Gizelly retruca cutucando a minha cintura de forma brincalhona e eu dou uma risadinha.
A risadinha suavemente desaparece dos seus olhos quando ela me olha sem expressão. Um suspiro pesado escapa dos seus lábios antes de ela passar a mão pelo seu cabelo em frustração e a deixar cair em cima da minha, entrelaçando nossos dedos.
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A Proposta (Girafa G!P)
FanficExiste apenas uma pessoa que Gizelly Bicalho odeia, e esta é a sua chefe... Rafaella Kalimann. Ela é fria. Ela é cruel e incapaz de emoção humana e, para maior frustração de Gizelly, a mulher mais quente andando na face da terra. • A história perten...