Capítulo 16

1.3K 126 48
                                    


Dizer que eu tenho evitado Gizelly Bicalho pelo último par de dias seria o eufemismo do século!

Eu estive evitando e adiando cada situação possível onde Gizelly e eu precisássemos estar no mesmo código postal, quanto mais no mesmo cômodo.

Na quinta-feira de manhã, depois da noite anterior, quando Gizelly tão eloquentemente informou-me que ela sabia... sobre mim... e... bem, você sabe? Eu me levantei antes mesmo que o relógio interno de Sebastião pudesse acordá-lo, tomei banho e me vesti silenciosamente e escapei da minha casa que estava lentamente começando a se tornar a minha prisão.

A mortificação de perceber que Gizelly Bicalho estava acordada durante a minha introdução ao mundo maravilhoso das suas habilidades sexuais estava corroendo meus nervos.

Só de pensar que ela estava ciente do fato que eu estava usando sua perna e, finalmente, sua mão enquanto me contorcia e gemia e implorava... ugh...

Eu estava no escritório às 05hs30min, lutando meu caminho através de toneladas de papéis nos momentos em que eu não estava olhando fixamente para a minha parede, repetindo as palavras da noite anterior. Imaginando o que eu devo ter parecido para Gizelly quando gozei... esperando que eu não parecesse uma completa desesperada e louca por sexo.

Saí do escritório pouco antes das 08hs, sabendo que ela chegaria atrasada devido à ressaca que certamente teria.

Enviei a ela uma porrada de e-mails e tarefas que certamente a manteriam ocupada pelos próximos dois dias enquanto eu me escondia dela, lambendo minhas feridas... e ego.

Eu também enviei uma mensagem dizendo que eu passaria a quinta e sexta-feira com os meus pais e que os seus 'serviços' não seriam necessários pelos próximos dois dias.

No final da tarde de quinta-feira, depois de uma longa e desgastante maratona de compras com minha mãe, eu recebi uma mensagem de Gizelly perguntando se ela deveria dormir na minha casa. Eu rapidamente disse que não seria necessário e que ela não tinha que dormir na minha casa na sexta-feira à noite também.

Eu mantive os e-mails curtos e profissionais, lutando para agarrar as últimas palhas da minha dignidade.

Ela não forçou, ou fez qualquer pergunta, claramente indicando que ela se lembrava da sua admissão da noite anterior e, finalmente, esmagando as minhas esperanças por uma milagrosa amnésia induzida pelo álcool.

Se meus pais estavam desconfiados sobre o fato de que eles não tinham visto Gizelly na quinta-feira, ou sexta-feira, durante todo o dia, eles não deixaram transparecer... graças a Deus. Eu simplesmente não podia imaginar fabricar qualquer mentira sem que o meu rosto explodisse em chamas que tão regularmente acompanhavam minha aparência nos dias de hoje.

Foi só depois do almoço no Pike Place no centro de Seattle que minha mãe finalmente perguntou sobre o paradeiro de Gizelly.

- Onde Gizelly está nestes dias?

- Oh, ela está realmente muito ocupada, mãe. - Eu dou de ombros com indiferença, fingindo navegar meu carro através do centro da cidade pelo tráfego da hora do almoço com grande concentração.

- Ela virá hoje à noite? - Muito persistente.

- Não. Vocês não estarão lá, de qualquer maneira, eu tenho um monte de trabalho e Gizelly quer resolver uma ou duas coisas em sua casa hoje à noite - Eu minto e levanto meus olhos para o espelho retrovisor onde minha mãe está me acompanhando de perto do seu lugar no banco de trás.

Bem, parte disso era mentira. Meus pais realmente não estariam em casa hoje à noite, já que jantariam com um velho amigo de minha mãe dos tempos da faculdade.

A Proposta (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora