Capítulo 11

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- Um Latte com 2% de leite, um café normal, sem leite - Recito meu pedido normal para a coisa bonitinha atrás do balcão da Starbucks. Ela está fazendo todo o possível para receber minha atenção hoje, deliberadamente empurrando seu quadril para a frente tanto quanto pode antes de atirar em alguém. Eu a agracio com um sorriso torto e luto para conter o seguinte revirar de olhos quando ela ri e cora profusamente.

É manhã de terça-feira, um dia após a apresentação desastrosa para os pais de Rafaella e, devo dizer, estou me sentindo leve como uma pluma e pronta para conquistar o mundo. Pensei sobre a forma que procederei neste assunto e lembro-me da repetição aguada que meu pai costumava dizer sempre que tentava me motivar a estudar mais para o meu exame educacional.

"Conhecimento é poder, filha"

De fato, Doutor Bicalho, de fato. É com esta nova revelação que pago pelo pedido, pego o café e digo meu adeus com uma piscadela na direção de Suzana. Aí, isso deveria ser o suficiente para segurá-la até eu voltar.

Faço meu caminho em direção aos escritórios da Amanhecer, uma hora mais cedo para o trabalho. Lembrei-me que Rafaella gosta de chegar ao escritório mais cedo e, a julgar pela noite louca que ela teve ontem à noite, eu só posso imaginar que ela estaria fora da sua casa no início da madrugada em uma tentativa de evitar seus pais.

Tomei a decisão na noite passada quando cheguei em casa e fiquei olhando para o teto do meu quarto por horas, contemplando qual seria meu próximo passo. E, uma vez que fiz minha decisão, eu dormi como um bebê.

Veja você, eu odeio confrontos. Eu evitarei isso a qualquer custo. Então, em vez de valsar para o escritório da Senhorita Kalimann esta manhã, revelando tudo que Hariany me disse e depois pavoneando-me como a vencedora que eu planejo ser, estou tomando outro curso de ação; um que certamente compensará mais tarde. Conhecimento é poder, baby.

Dez minutos mais tarde, estou entrando na área de recepção da Amanhecer, café na mão e um sorriso no rosto.

Estendo a mão para a porta do escritório da Senhorita Kalimann e vejo uma luz queimando lá dentro. Bem, adivinha quem está aqui?

Eu bato e giro a maçaneta para entrar sem esperar pela resposta. Entro em seu escritório para encontrá-la inclinada sobre o seu notebook; óculos empoleirado no seu nariz parecendo toda como a fantasia sexy da bibliotecária, e o cabelo puxado para trás. Adeus vestido casual da menina-mulher de ontem à noite, e olá poderosa chefe explosiva de terninho cinza granada.

Sua cabeça levanta e seus olhos caem sobre os meus com um começo.

- Bom dia - Eu sorrio amplamente e faço meu caminho em direção à sua mesa.

Ela parece desgrenhada por um momento, como se estivesse tentando me entender, e então vejo seus olhos clarearem e recebo um pequeno sorriso. Seus sorrisos estão ficando melhores, eu noto, menos forçados.

- Bom dia - Ela responde brilhantemente e então seus olhos caem no café na minha mão.

- Latte? - Eu ofereço, colocando o café na sua mesa em frente a ela.

- Dois por cento? - Ela pergunta conhecedoramente e me dá um olhar brincalhão, o que me pega de surpresa por um momento.

Bem, merda, isso foi inesperado.

- Claro - Dou de ombros dramaticamente e ganho um aceno de aprovação antes de ela agarrar o café e levantá-lo aos seus lábios. Seus olhos fecham brevemente enquanto ela saboreia o cheiro da bebida e, em seguida, ela os abre para olhar para mim nervosamente.

- Obrigada. Eu precisava disso - Ela murmura e, mais uma vez, surpreende-me com a vulnerabilidade em sua voz.

- Achei que você precisaria - Respondo com entendimento e depois sento em frente a ela.

A Proposta (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora