Um erro do passado fez com que Julieta e Victor se separassem. Apesar de tudo, eles se reencontraram, mas agora com um laço que os unirá para sempre. Eles estão constantemente juntos por causa de seu filho e seus amigos, mas mesmo assim a relação pa...
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- Estou realmente considerando largar a medicina e escrever um livro da minha vida - digo quando entramos no apartamento do Victor.
- Seria uma boa história, eu leria - Victor falou e trancou a porta.
- Vamos tomar banho e mudar de roupa e encontrar o pessoal no Central Park. Acho que foi uma boa ideia fazer piquenique, o dia está bonito. Além do mais eu posso me distrair - passei os braços pelo seu pescoço.
- Está realmente tudo bem? Olha, se você quiser, eu posso buscar o Alec no Central Park e ficamos aqui. Eles vão entender se a gente não for, é uma situação complicada.
- Por incrível que pareça, sim, eu estou bem. Óbvio, estou magoada com o Marcel, mas na terapia a moça falou que pessoas tem seus motivos e que os outros nunca vão entendê-los. Temos que ter sempre duas perspectivas, a primeira: o que a pessoa disse; E a segunda: o motivo que levou a pessoa a dizer. Eu disse várias vezes que eu não perdoaria o meu pai, e o Marcel achou que eu não perdoaria ele, então ele ficou com medo. Mas estou magoada porque antes da nossa conversa franca, ele já tinha uma desconfiança e nem pensou em me dizer.
- As coisas não saem muito como planejadas para gente, né? Sempre há um problema. Quando teremos um dia de paz? - ele passou a mão pelo meu cabelo.
Soltei o Victor.
- Sim, no caso para mim. Eu sou sempre a azarada, com problemas de família. Eu deveria ir em algum daqueles programas que resolvem os problemas - falei, caminhando para as escadas - Bom, pelo menos não tínhamos nada planejado, o Jonas, coitado, ficou sem fazer o pedido para a Priscila - olhei para o Victor, que comprimiu os lábios e coçou a nuca - Você tinha?
- Não.
Cruzei os braços e ergui as sobrancelhas.
- Tinha sim, me fala. Por favor, me dê algo bom, estou precisando.
- Não é o momento para isso agora. Deixaremos isso para depois, certo? - me deu um selinho e passou na minha frente.
- Para a gente não tem momento, só acontece. Então, por favor, me diz, Victor Angeles.
- Vamos tomar banho?
- Então vou para casa - falei prestes a dar as costas.
- Julieta!
- Me diz - encarei ele.
Ele bufa.
- Eu tinha um plano e era para ser romântico, não envolvia seus dramas familiares - mexeu no bolso, e eu franzi o cenho - Eu percebi que não quero ficar sem você um dia sequer, sempre soube que você é a mulher da minha vida. Talvez ache que seja cedo, estamos nos precipitando em uma relação saudável que começou há pouco. Mas de todo modo - ele deu de ombros - Julieta Amanda Smith, você e seu pijama de pinguim aceitam casar comigo?
