Um erro do passado fez com que Julieta e Victor se separassem. Apesar de tudo, eles se reencontraram, mas agora com um laço que os unirá para sempre. Eles estão constantemente juntos por causa de seu filho e seus amigos, mas mesmo assim a relação pa...
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Escutei alguém jogando pedrinhas na minha janela e levantei da cama para saber quem é o idiota. Abri a janela e fiz uma careta, me apoiando nela e vendo quem é.
- Julieta, Julieta, jogue seus cabelos.
- Romeu, Romeu, essa história não é minha - falei, apoiando o cotovelo na janela e o meu rosto na mão.
- "Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah! se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face!" - citou, e eu ri.
- Estou tentando lembrar, eu vi o filme - pensei um pouco - Lembrei. "Ai de mim!"
- "Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante, porque és tão glorioso para esta noite, sobre a minha fronte, como o emissário alado das alturas ser poderia para os olhos brancos e revirados dos mortais atônitos, que, para vê-lo, se reviram, quando montado passa nas ociosas nuvens e veleja no seio do ar sereno." - gargalhei.
- "Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu? Renega o pai, despoja-te do nome;" bla, bla, bla, não lembro mais.
- "Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou lhe respondo?"
- Você sobe. Por favor, chega de Romeu e Julieta. O romance deles durou 3 dias, o nosso da faculdade durou mais de 2 meses.
- Não sei como, mas lembro das falas.
- Você releu?
- Sim, só para citar para você.
Abri um sorriso.
- O que veio fazer aqui? - perguntei.
- Te ver.
- Então sobe...pela porta e não pela janela.
- Não posso.
- Por que? - franzi o cenho.
- Preciso que você desça.
- Mas aqui está confortável.
- Vem logo, por favor.
Bufei.
- Estou descendo - falei.
Saí da janela, calcei minhas pantufas e caminhei para fora do quarto. Desci as escadas correndo, tomando cuidado porque a pantufa queria chegar primeiro que eu. Abri a porta da minha casa e corri até o Victor, pulando em cima dele assim que eu me aproximei.
- Que roupa decente - ironizou - Está gostosa - beijou meu pescoço.
- Eu sei, obrigado - dei um selinho nele - Por que queria que eu vinhesse aqui embaixo?
- Tenho que te mostrar algo - me colocou no chão.
- Onde?
- Só vem - me virou.
- Está fazendo o que? - perguntei quando ele colocou uma venda nos meus olhos -Poderíamos ter entrado primeiro, Victor Angeles.
- Uma boa ideia, mas para depois - ele segurou meus ombros e foi me guiando pela rua.
