Um erro do passado fez com que Julieta e Victor se separassem. Apesar de tudo, eles se reencontraram, mas agora com um laço que os unirá para sempre. Eles estão constantemente juntos por causa de seu filho e seus amigos, mas mesmo assim a relação pa...
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Já era de madrugada quando eu saí do hospital. Desdobrei as mangas do meu casaco, sentindo o frio bater contra o meu corpo. Ajeitei as alças da minha mochila e comecei a caminhar pela rua para tentar achar um táxi.
Senti alguém segurar meu braço e tirei o spray de pimenta rapidamente do meu bolso e joguei na pessoa. Cobri a boca com a mão assim que vi meu erro.
- Julieta, você é louca? - falou, enquanto gemia de dor - Porra, esta ardendo!
- Foi mal.
- Caralho, Julieta! Está ardendo muito, sua louca.
- Vem, vamos entrar no hospital - falei e puxei ele.
Entramos no hospital correndo para limpar os olhos dele. Eu tentava ao máximo guiar ele, mas eu não sou muito equilibrada.
- Meu rosto - reclamou.
- Foi mal, não vi que a porta fechou - ri.
- Para de rir, está ardendo muito.
- Tá bom, mas não coça - puxei ele.
Deixei ele na frente da pia, abaixei a cabeça dele e lavei os olhos dele com água. Depois de repetir esse processo por alguns segundos, botei ele sentado para os olhos ficarem expostos ao ar para irritação evaporar e sentei ao seu lado.
- Por que você é assim? - ele perguntou.
- São 4:00 da manhã e alguém agarra meu braço, você queria que eu fizesse o que?
- Olhasse primeiro.
- Queria que eu olhasse um possível tarado e desse oi? - ele bufou - Culpa sua, você não me avisou que vinha aqui - ele me olhou.
- Eu...eu estava de passagem e te vi.
- Passagem? No hospital? Algum paciente ou veio ver a médica?
- Não viaja, eu estava de passagem.
- Sabe que a sua casa e o restaurante não ficam tão perto daqui, não sabe?
- Tudo bem, eu vim te ver - levantei.
Procurei colírio salino na parte onde ficam alguns alguns remédios e quando achei parei na frente dele. Puxei seu rosto e ele me encarou.
- Vai ajudar - mostrei o colírio para ele e ele assentiu.
Pinguei algumas gotas no seus olhos e ele piscou várias vezes.
- Pronto. Seus olhos estão normais, ainda são verdes - ele sorriu.
- Se eles mudassem cor, você teria um problemão - ri.
- Sua mão na minha cintura está ajudando a melhorar os seus olhos? - falei e ele olhou para onde suas mãos estavam, tirando rapidamente - O que você queria comigo?
