Capítulo 69

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Soltei todo o ar que eu tinha prendido assim que vi que o tiro não tinha me acertado

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Soltei todo o ar que eu tinha prendido assim que vi que o tiro não tinha me acertado. Foi perto, muito perto, mas não em mim. Eu senti os meus pelos arrepiarem, ouvi o barulho da bala vindo em minha direção, porém não fui acertada.
Voltei meu olhar para frente e ela tinha um sorriso macabro no rosto, me causou pavor e desespero.

- A próxima será na sua cabeça - falou.

Tentei subir, mas meu pé escorregava na terra. Quanto mais eu tentava subir pelo barranco, mais a terra parecia ceder e me deixar cair. Virei, ficando de barriga para cima, e tentei me puxar, mas eu só escorregava mais e mais. Senti o desespero, a sensação de impotência e medo. Botei a mão em um pedaço de árvore e me puxei, conseguindo finalmente me puxar.
Entretanto, tirei a mão rapidamente quando ela acertou um tiro no pedaço do tronco de árvore, um grito saiu da minha garganta. Me desequilibrei totalmente, o que fez eu escorregar pelo barranco e parar quase perto do riacho. Olhei para cima e a Vanessa estava ali, no outro lado do barranco.

- Acabou a brincadeira, Julieta - botou a bala na arma e mirou em mim.

Tinha acabado para mim, não tinha nada que eu fizesse para me defender agora. Por 1 segundo eu parei para pensar em todo mundo, todo mundo que provavelmente está preocupado comigo. Eles talvez nunca me achem, talvez eu nunca mais veja meu filho.
Eu não vou conseguir ver o Alec crescer, a Priscila casar, ter outros filhos, ver meu pai feliz, e eu não vou casar com o Victor.

Fechei os olhos, deixando algumas lágrimas caírem, e suspirei. A mente repassando tudo que eu vivi de bom nesses dois anos com todo mundo fazia as lágrimas descerem incontrolavelmente junto com os soluços baixos.

Eu não quero morrer, eu não posso morrer agora...

Soltei todo o ar e abri os olhos novamente. A esperança me atingiu outra vez, talvez eu ainda tivesse uma chance. Depois de tudo seria ela a minha salvação, a única pessoa que eu nunca imaginaria. Deixei escapar um sorrisinho e um suspiro aliviado.

Joana se aproximou lentamente da Vanessa, segurou ela e enfiou uma faca em sua pele com ódio. Fechei os olhos evitando ver a cena, mas eu ouvi o grito de dor da Vanessa e ela disparou alguns tiros. Me abaixei para nenhum tiro me acertar, mas ainda tendo a visão da Joana cravando a faca nas costas da Vanessa de uma maneira horrível, subindo pela sua pele e fazendo-a urrar de dor.

- Morra, vadia - Joana falou, fincando a faca na pele dela - Você nunca mais fará nada com a minha filha. Te vejo no inferno.

Joana puxou a faca e a Vanessa caiu no chão, já desacordada. Meus olhos se encontram com o da Joana e eu dei um meio sorriso com os olhos transbordando de lágrimas. Joana suspirou aliviada ao por os olhos em mim e abriu os braços.
Levantei e corri até ela, passando pelo riacho, que é raso, e tentando subir a todo custo pelo barranco. Me joguei nos braços da Joana, que me rodearam e acariciaram meu cabelo.

- Eu pensei que eu ia morrer - sussurrei - Ela...Me desculpe, me desculpe. Eu está quase...

- Shhh - passou a mão pelo meu rosto - Eu disse que eu sempre ia te proteger, não disse? Eu nunca deixaria ninguém machucar você.

Minha Antiga Paixão - Minhas Paixões 03Onde histórias criam vida. Descubra agora