Um erro do passado fez com que Julieta e Victor se separassem. Apesar de tudo, eles se reencontraram, mas agora com um laço que os unirá para sempre. Eles estão constantemente juntos por causa de seu filho e seus amigos, mas mesmo assim a relação pa...
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Apresso os passos para atravessar a rua antes que o carro me atropele. Sento no banco do Central Park e ajeito o casaco na minha cintura, depois levo o copo até meus lábios e tomo um gole do suco de maracujá que está geladinho. Tão geladinho que eu pude sentir o meu cérebro congelar por alguns segundos. Olho em volta, percebendo o dia calmo e límpido e solto um longo suspiro.
— Oi — cumprimenta uma menina.
— Oi — respondo.
— Posso sentar? — pergunta, apontando para o banco onde eu estou.
— Claro. — Sorrio sem mostrar os dentes, tentando ser educada.
— Sou Priscila.
Olho-a.
Uma menina muito bonita e parece jovem. Sua pele é branca, seu cabelo é castanho curto e os seus olhos são verdes, um verde água.
— Julieta — murmuro meio hesitante.
— Nome bonito e diferente. — Abre um sorriso sem mostrar os dentes.
— Obrigada.
Eu queria cortar o assunto.
É um pouco estranho para mim conversar com pessoas que eu nunca vi na vida, na minha cabeça pirada, todos tem segundas intenções.
— Lindo dia, né? — diz. Seu tom é simpático e calmo, como se ela estivesse muito relaxada com a brisa fresca que corre.
— Sim.
— Você é a mãe do filho do Victor, não é?
Ergo uma sobrancelha com ela me olhando.
— Como voc...
— Priscila! — uma voz masculina interrompe a minha pergunta.
Viramos a cabeça ao mesmo tempo, um homem mais velho com tom de pele branca, de cabelo castanhos e olhos verdes, o mesmo tom que o da garota, para ao nosso lado e a garota sorri.
— Estava te procurando — continua ele.
— Eu estava aqui conversando com a Julieta.
Na verdade, ela estava conversando sozinha, eu no máximo respondia sim ou não.
— Você me lembra muito alguém que eu conheci — diz ao fechar os olhos, como se estivesse tentando lembrar.
Solto uma risada irônica e levanto, o que fez ele abrir os olhos e me encarar.
— Que golpe é esse? Primeiro essa menina puxa assunto, depois você vem com esse papo. Eu não caio nessa — digo e jogo o copo vazio de suco na lixeira, dou as costas e começo a me afastar dali rapidamente.
Não caio em golpes.
Pego o primeiro táxi que eu vejo na rua e vou para o Angeles. É perto, mas eu não queria andar. Chego em poucos minutos, pago o motorista e entro no restaurante. Comprimento algumas pessoas enquanto ando pelo corredor que dá para a sala do Victor.
