Capítulo 11

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Escutei batidas na porta e por longos segundos deixei a campainha tocar e as batidas na porta continuarem insistentemente

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Escutei batidas na porta e por longos segundos deixei a campainha tocar e as batidas na porta continuarem insistentemente. Mas ao ver que a pessoa não desistiria, bufei e saí do conforto do meu sofá para atender. Abri a porta e cruzei os braços enquanto me apoiava no batente.

Victor me olhou e abriu um sorriso, que não foi retribuído por mim, ao invés disso revirei os olhos.

- Trouxe algodão doce - falou, botando o algodão doce na minha frente.

Soltei uma risada irônica e falei: - Acha que pode me comprar com algodão doce? Victor, você me expulsou - ele comprimiu os lábios e passou a mão no cabelo - Me da essa merda - falei, pegando da mão dele - Ainda sim não está perdoado, algodão doce não é um pedido de desculpas. Se veio até aqui o mínimo que eu esperava eram palavras de arrependimento.

Tentei fechar a porta, mas ele me impediu colocando a mão na porta. Bufei novamente e deixei a porta escancarada.

- O que quer, Victor? Veio me expulsar da minha própria casa?

- Vim te pedir desculpas e dizer que eu sinto sua falta - ergui as sobrancelhas - Me perdoa, eu não quis te tratar daquele jeito, foi totalmente rude logo com você que sempre foi tão gentil. Eu sei que não justifica minha explicação, mas eu fiquei chateado quando você disse que lá não era a sua casa.

- Mas lá não é minha casa, Victor, e você sabe.

- Eu sei, por isso vim me desculpar. De alguma forma eu me acostumei com a sua presença naquele apartamento e acabei associando que lá podia ser o seu lar. Me perdoa, por favor - fiquei alguns minutos sem dizer nada, apenas realmente considerando. Victor me cutucou, e eu abri um sorriso forçado por sentir cócegas - Julieta, por favor.

Ele me puxou pela mão e eu soltei um gritinho assustado, Victor me agarrou e eu o empurrei, mas seus braços me rodeavam de forma firme.

- Me solta - ordenei. Ele me apertou mais ainda, fazendo meu corpo ficar mais colado com o seu.

- Você vai me perdoar? - sussurrou em meu ouvido, seu tom foi rouco.

- Posso reconsiderar com uma condição? - sussurrei de volta.

Senti a sua respiração bater no meu pescoço e o barulho de uma lufada lenta chegou ao meu ouvido, a ponta do seu nariz passando pela aquela região da minha nuca fez meus pelos arrepiarem.

- Qual condição? - um tom baixo, ainda passando a ponta do nariz no meu pescoço.

Suas mãos subiram pelo meu braço, alisando até chegar no meu pescoço e ele puxar a minha cabeça para eu olhá-lo.

Pigarreei e abri um sorriso, dizendo logo em seguida: - Só se ir ao mercado comigo - Victor me soltou e abriu um sorriso debochado.

- Isso é golpe baixo, você sabe que eu odeio ir no mercado.

Minha Antiga Paixão - Minhas Paixões 03Onde histórias criam vida. Descubra agora