Capítulo 28

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Depois de alguns dias, eu finalmente tinha tomado coragem para fingir que minha vida não é uma bagunça

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Depois de alguns dias, eu finalmente tinha tomado coragem para fingir que minha vida não é uma bagunça. É a primeira coisa que eu faria talvez fosse a mais complicada e difícil de realizar.

Respirei fundo e entrei na sala de visita, já esperando qualquer coisa, até um sorriso convencido e debochado. Sem dizer nada, sentei na cadeira e coloquei minha mochila em meu colo.

Batuquei os dedos embaixo da mesa e encarei a Joana, que está relaxada na cadeira com as sobrancelhas erguidas e os olhos cerrados.

- "Não venho mais aqui", ela diz toda vez - finalmente diz algo, algo debochado.

- Hoje é uma coisa séria, Joana.

- Mãe - ela me corrige.

Respirei fundo mais uma vez, querendo conter que eu mude meus planos com brigas.

- Eu vim dizer que eu te perdoo - eu sabia que poderia vir qualquer reação - Uma pessoa disse que que é bom saber perdoar...

- Não estou te pedindo desculpa, princesa - falou com um sorriso debochado.

- De todo modo, te perdoo - abri um meio sorriso.

- So pede desculpa quem está arrependido e eu não estou.

- Mas deveria.

- Não, eu não deveria. Você se acha muito, Julieta - ela soltou uma risada debochada.

- Eu vim te desculpar, por que você é assim? Poderíamos resolver isso rapidamente, eu estava disposta a te perdoar e esquecer tudo que você fez.

- Já parou para pensar que você também participou de tudo? Confessa, uma parte de você queria ter vida boa.

- Não, eu não queria - afirmo.

- Jura? Lembro bem de não te obrigar a dormir com o Alfredo, de ir na casa dele e ficar mais tempo lá do que deveria.

- Toda vez que eu queria ir embora você me obrigava a ficar.

- Eu te obrigava? Julieta, minha filha, eu nunca disse abertamente para você ficar, no máximo eu fazia alguma coisa para você. Olha, acho que você alucinou - riu.

- Não era assim, pare de tentar entrar na minha cabeça.

E se, por algum acaso, eu realmente estivesse gostando naquela época? Se o que ela disse for verdade e eu participei de tudo porque queria?

- Talvez sejamos parecidas - ela diz, e eu saio dos meus pensamentos - No fundo você também queria a vida boa que o Alfredo poderia te oferecer - ela continuou.

- Chega! - falei mais alto do que de costume.

- Somos ambiciosas, uma hora você vai ver e vai perceber que tudo que importa é o dinheiro. Somos exatamente iguais.

Minha Antiga Paixão - Minhas Paixões 03Onde histórias criam vida. Descubra agora