Capítulo 24

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Pov. Amélia

Eu estava tensa, ao ponto de sentir meu corpo estremecer em alguns momentos, isso acontecia comigo quando eu ficava nervosa demais, Rooster me entregou a chave e me olhou por alguns instantes.

- É só um café da manhã. – Rooster disse enquanto se aproximava, ele colocou suas duas mãos em minha cintura, depois levou seus lábios até minha testa, depois até minha bochecha e por fim para minha boca, o que instantaneamente fez com que um sorriso se formasse em meus lábios.

- Seria só um café da manhã, se você e meu pai não estivessem no mesmo ambiente. – Dessa vez meu sorriso se tornou algo cínico, não era a intenção provocá-la e eu agradeci por ele não ter entendido dessa forma.

- Tudo bem, você tem toda razão em estar assim. – Ele acariciou minha cintura – Porém, não vou deixar você agora, vamos? – Rooster parecia mais empolgado que eu, o que era muito estranho.

- Tudo bem. – Eu dei um último beijo nele antes de seguir até a porta, Penny me disse que a deixaria aberta. Eu não tinha dito nada sobre Rooster porque ainda não tinha falado com nenhum deles pela manhã.

- Eu não tinha ouvido falar sobre Maverick e Penny antes. – Rooster disse enquanto eu abria a porta da frente.

- Claro que já ouviu. Ela é a filha do almirante que meu pai irritou, antes de conhecer minha mãe. – Eu dei espaço para que ele passasse, quando o fez, fechei a porta atrás de mim. – Ele fez um voo rasante para ela, se lembra da sua mãe nos contando.

Rooster pareceu se lembrar na mesma hora mas não me respondeu nada, porque Penny entrou na sala, eu percebi sua confusão mas ela acabou dando seu sorriso simpático para amenizar isso logo depois.

- Rooster! Que surpresa! Que bom que você veio. – Penny era perfeita até em suas recepções, eu rezo para que meu pai não vacile agora. – Oi Ame. – Ela me abraçou, depois abraçou Rooster. Nós respondemos seus cumprimentos e eu agradeci mentalmente por ela não ter pedido explicações sobre a presença de Rooster. – Pete e Amélia estão na mesa do café no quintal, eu já vou terminar de levar as coisas até lá.

- Precisa de ajuda? – Eu perguntei, espero que não, porque deixar Rooster e meu pai sozinhos não seria uma boa ideia. Será que Rooster estava achando isso uma boa ideia? Ou será que já se arrependeu?

- Não precisa, querida. – Penny respondeu então foi para trás do balcão da cozinha novamente, ela estava terminando um suco.

- Certo – Eu respondi com um pequeno sorriso no rosto então caminhei até a porta que levaria até o quintal, ela era composta toda por uma tela transparente, eu já podia observar meu pai lá fora, estava de costas para mim e Amélia de frente para ele. Eu estava parada, só percebi isso quando Rooster me cutucou.

- Eu não vou morder, prometo. – Ele disse, provavelmente porque percebeu meu receio, forem eles que criaram isso, eu estava no meu direito de tentar evitar a situação.

- Eu espero que não. – Eu o olhei, então dei uma pequena risada, assim como ele.

Eu abri a porta, então desci os degraus da pequena varanda que levava ao gramado verde do quintal. A mesa em que meu pai e Amélia estavam sentados era comprida, os bancos eram grudados a estrutura e ela estava posicionada abaixo de uma árvore que fazia a sombra perfeita para a ocasião. Eu não olhei para Rooster porque ele estava logo atrás de mim, escutei seus passos na grama, eu me aproximei do meu pai, então me abaixei um pouco envolvendo-o com meus braços, com ele ainda de costas para mim.

- Controle suas reações. – Eu sussurrei, então o apertei um pouco mais. – Bom dia! – Eu disse, depois o soltei e olhei para Amélia. – Bom dia, Lia!

TOP GUN - Maverick's DaughterOnde histórias criam vida. Descubra agora