Pov. Amélia
Me lembro brevemente de um dia em que eu e Rooster estávamos brincando no quintal da sua casa, eu levei minha boneca Barbie mas assim que vi que ele tinha aviões de brinquedo eu a deixei de lado e corri até onde ele estava para tentar pelo menos poder brincar com ele.
- Meu pai disse que eu posso brincar com você. – Eu lembro de dizer enquanto me sentava ao seu lado.
- Esse é o seu – Ele disse enquanto me entregava um avião, eu sorri e ele também, então passamos a tarde toda brincando até o momento em que fomos brincar no balanço, fingindo que o avião voaria de verdade. Rooster estava me empurrando e eu acabei caindo, coloquei a culpa nele por ter caído.
- Papai! Brad me empurrou do balanço! – Eu lembro de dizer enquanto corria em sua direção, até que pudesse abraça-lo.
Nesse exato momento eu estava correndo para os braços dele de novo, dessa vez Bradley me empurrou de algo muito mais alto que um balanço. Eu o abracei, quando seus braços me envolveram minhas lágrimas começaram a cair e eu não consegui mais segurar o choro.
- Você pilota para a marinha americana, não está chorando pelo que os almirantes disseram né? – Meu pai disse mas eu não consegui responder de imediato – Foi pelo que eu disse?
- Não... não foram vocês – Ele continuou a me abraçar, estávamos na frente da casa da Penny, eu fiquei agradecida por ela ter deixado ele vir sozinho para fora. – Foi o Rooster... meu Deus, eu não acredito que ele tenha coragem de dizer essas coisas! Eu não posso acreditar! – Eu estava chorando mais do que deveria.
- Ei... ei... – Meu pai estava tentando me acalmar da forma que ele podia, ele se sentou em um banco que havia ali na frente, então apontou para que eu me sentasse ao seu lado. – Eu imagino o que Rooster possa ter dito... Hoje não é um bom dia para ele e depois do voo, muito menos.
- Nao! Não justifica! Para de defender ele! – Eu disse entre os soluços então parei para tentar respirar verdadeiramente.
- Não estou e não vou defender ele. Só estou tentando dizer que não foi nada que você tenha feito, é aniversário da morte de Goose. Era de se esperar que ele explodisse. – Meu pai disse enquanto acariciava lentamente minhas costas, então eu o olhei.
- Então, não é um bom dia para você também – Eu respirei fundo antes de me ajeitar no banco, agora deixei que minha cabeça se apoiasse em um dos seus ombros, seus braços me envolveram e eu fechei os olhos enquanto controlava minha respiração novamente.
- Não, não é. – Ele disse, então beijou o topo da minha cabeça.
- Eu sinto muito... – Eu sussurrei, geralmente é um dia que ele passa quieto às vezes o pego chorando, parece que Penny faz mesmo bem para ele, eu dei um sorrisinho ao pensar nisso, então me aconheguei.
Ainda não justifica nada do que ele tenha feito, não queria continuar nesse assunto com meu pai, porque não quero ter que chegar a contar que Rooster ainda diz em alto e bom som que ele matou Goose. Não quero que isso chegue a ele, não mais.
- Penny disse que você pode passar a noite aqui, ela tem um quarto de visitas, quando você me ligou eu disse que você não estava bem – Meu pai disse enquanto me olhava, esperando minha resposta, ele provavelmente está esperando minha aprovação sobre ele e Penny com essa resposta também.
- Eu vou adorar, se eu ganhar um café manhã melhor do que o do alojamento, vou ficar ainda mais feliz. – Eu disse com um pequeno sorriso no rosto, eu sentia meus olhos ainda inchados e com certeza vermelhos, assim como meu nariz e minha bochecha.
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TOP GUN - Maverick's Daughter
Roman d'amourUma fanfic sobre o filme Top Gun Maverick, mantendo a ação, adicionando o romance e alguns novos personagens, entre eles, Amélia Mitchell, filha do Maverick. 09/05/2023 :: 01° - #meganfox 16/06/2022 :: 01° - #Tomcruise 18/06/2022 :: 01° - #Aeronáuti...