TOP GUN - Maverick's Daughter

Capítulo 45

Pov. Amélia

1 mês depois...

- Tenente Howard? - Um comandante o chamou. - Me acompanhe. Você também, Tenente Mitchell.

Não questionamos em nos levantar e o seguir. Ele nos levou até a sala onde costumávamos fazer a vídeo chamada, Max me encarou por alguns instantes mas mesmo assim entrou na sala, eu entrei logo atrás dele.

- Parabéns, Tenente Howard. - O comandante disse enquanto ligava a tela do computador. A esposa de Max apareceu na tela, ela estava sorrindo... carregando uma pequena neném enrolada em um cobertor rosa.

- Max! Parabéns Max! - Eu disse sorrindo enquanto controlava minhas lágrimas que foram insistentes em cair.

- Meu Deus...- Max disse, parecia em choque enquanto se sentava na cadeira em frente ao computador, ele também estava chorando mas suponho que ele nem tenha notado as lágrimas em seu rosto.

- Aw ela é tão linda! - Eu disse enquanto me abaixava para olhar a tela também, Sophia estava mostrando a nós, ela também estava chorando mas claramente estava feliz por poder falar com Max agora.

- Ela é a coisa mais linda que eu já vi em toda minha vida. - Max disse entre as lágrimas, eu também não me segurei mais. - Eu amo tanto vocês... me desculpa por não estar aí com você, Sophia.

- Não! Não pense em se desculpar por isso. - Ela disse. - O nosso amor por você vai muito além de uma guerra, Max. Aliás, quero que você escolha um nome para ela. Não tivemos tempo de decidir antes.

Droga... eu tive até que me afastar para não atrapalhar o momento dele com meu choro que mal conseguia ser silencioso. Esse com certeza foi o motivo de eu ter seguido aquela explosão e de ter entrado sem nem olhar para trás naquela base.

- Amélia. - Ele disse e eu o olhei, agora eu comecei a chorar mais que antes.

- Ótimo, eu adorei. - Sophia disse, então Max me puxou para aparecer na tela novamente. - Bem vinda ao mundo, Amélia. - Ela disse olhando para a garotinha em seu colo.

- Eu nem sei como agradecer vocês... - Eu estava sorrindo e feliz apesar das lágrimas.

- Você salvou a minha vida, Amélia. - Max disse me olhando, depois voltou a olhar para a tela do computador. - E ela também. - Seus olhos ainda insistiam a marejar, assim como os de Sophia mas ela deixava que suas lágrimas corressem.

- Eu espero que o destino me permita conhecer vocês pessoalmente um dia. - Eu sorri olhando para a pequena Amélia que Sophia estava segurando.

- Ele vai. - Max respondeu enquanto passava seu braço por cima dos meus ombros. Tivemos mais alguns minutos para chorar e curtir a bebê através da tela do computador.

{...}

10 meses desde a chegada ao Iraque...

Carta 5

Para Amélia.

Oi linda... Que saudade de você.

Escondi muito bem a carta, você já pode voltar a dormir em paz, eu leio todas praticamente todas as noites antes de dormir, faz eu me sentir mais perto de você. As vezes me pego sentindo falta até de brigar com você, você não faz ideia do quanto fica linda quando está brava.

Phoenix me ligou essa semana, ela sempre liga mas nunca tenho tempo de te contar isso. Ela não parou de chorar nem um segundo desde que atendi aquele telefone e comecei a contar sobre como você estava. É uma pena que você não possa falar com ela, as ordens aí deveriam abrir algumas exceções. Apesar disso, ela está bem mas também está triste, a vida sem você parece perder um pouco de cor para todo mundo.

Passar esses meses sem você tem sido uma categoria 6 para mim, o que me mantém em pé todos os dias é pensar que em breve vou te ver em pouco tempo, vou poder te abraçar e sentir a sensação de te encontrar novamente. E repito, não sei quando essa carta vai chegar até você ou se vou ter tempo de escrever outra até o dia em que você retornar mas quero que saiba que vamos para a Itália novamente, em julho, no verão, queria você lá.

Pensei que fazer isso fosse doer menos mas sinceramente não sei se vai dar certo, estou tentando ajudar seu pai também... Ele parece ter melhorado um pouco nos últimos meses mas não é mais a mesma pessoa. Precisamos que você volte para casa.

Estamos mantendo contato com a esposa de Max também, ela precisa de uma família mais que todo mundo aqui agora. Ela nos contou que vocês puderam ver o primeiro dia de vida da bebê dele e adoramos saber que ele decidiu colocar o nome dela de Amélia, seu pai até chorou com essa informação. Bem... vou me despedir aqui, volta logo.

Amo você mais e mais a cada dia que se passa. Para sempre.

Bradley.

Eu fechei a carta dando um longo suspiro para tentar afastar as lágrimas. Então a guardei junto ao resto das minhas coisas. Já era a terceira vez que eu estava lendo aquela carta, as outras eu já tinha lido incontáveis vezes. Os dias se passaram ainda mais devagar, conseguimos nos falar algumas vezes por telefone, eles me contaram sobre a casa que acharam, na Califórnia, falaram rapidamente também sobre a Itália e que voltariam para lá.

Tivemos mais uma chamada de vídeo antes de eu receber a carta, eu nem prestei muita atenção no que eles diziam porque me concentrei em observar suas feições, eu estava sentindo que a qualquer momento poderia esquecê-las.

- Ame... a coisa tá feia. - Max disse enquanto abria o tecido da cabana, eu sabia que isso era um aviso para me chamar.

- Estou indo. - Eu pendurei o anel junto a dog tag de Phoenix, então eu o acompanhei para fora.

{...}

- Apoio aéreo aproximado há apenas alguns metros do alvo. - Max avisou a central, eu estava logo atrás dele.

Destruímos três dos alvos que estavam ao nosso alcance. Éramos os melhores de todo batalhão, eles quase nos veneravam, as coisas que fizemos nesses últimos meses não era realizado por qualquer um, nem recomendavamos que fossem feitas mas eu e Max lutamos com unhas e dentes para que deixassem fazermos do nosso jeito. Éramos imbatíveis. Mais três aviões explodiram pelos ares nos próximos minutos que se passaram.

- Amélia! Star! Mísseis! - Max gritou, literalmente gritou. - Eu não vou te alcançar Amélia! - Dessa vez ele gritou mais alto.

Eu não vi os mísseis, não tinha ideia de onde eles vieram mas pelo grito de Max, eu soube no mesmo instante que eles atingiriam meu avião em apenas alguns segundos. Não tive para onde correr.

{...}