Capítulo 33

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Pov. Amélia

Eu caminhei de volta até onde eles estavam, aparentemente Hangman e Rooster tinham perdido, porque os dois já não estavam mais em volta da mesa. Rooster estava sentado em uma banqueta, aonde ainda assim podia ver o jogo sem ser atingido por um taco.

- Quem era? – Foi a primeira coisa que ele me perguntou quando eu me aproximei, deixei minha cerveja sobre o banco que estava ao seu lado, então fiquei em sua frente, entre suas pernas

- Um amigo da marinha. – Eu disse apoiando minhas mãos em suas coxas, então fiquei nas pontas dos pés para que minha boca alcançasse a sua. Ele deu um pequeno sorriso e levou uma das suas mãos até minha cintura, me puxou para mais perto, então sua língua explorou minha boca por alguns instantes antes dele se lembrar que ainda estávamos no bar, apesar de ninguém estar prestando atenção em nós.

- Não gosto do seu amigo da marinha. – Rooster beijou minha têmpora, depois minha bochecha e por último meu pescoço. – Mas adoro saber que ele está olhando para cá nesse exato momento. – Ele deu um sorrisinho presunçoso em seus lábios.

Eu olhei rapidamente para onde Peace estava e ele realmente estava olhando para cá, não estava nem se preocupando em disfarçar.

- Podemos ir embora? Estou cansada e você muito provavelmente também. – Eu dei um rápido beijo em sua boca antes de voltar a olhá-lo.

- Não vamos descansar quando sairmos daqui. – Rooster disse com um sorriso em seu rosto, então ele se levantou do banco. – Pedi para Hangman arranjar onde dormir hoje.

- Eu imaginei que você faria isso. – Eu dei uma pequena risada.

Nós nos despedimos de todos ali rapidamente, praticamente com um "tchau" geral. Ainda o veríamos antes de ir embora, na verdade, provavelmente teríamos que estar todos no hangar amanhã. Antes de sair eu olhei para Peace uma última vez, era estranho a sensação de nostalgia que ele me trazia, quase fui rebaixada uma vez por causa dele, na verdade, pelo que fazíamos juntos, ele se parecia mais com meu pai do que eu mesma.

Ele deu um pequeno sorriso e acenou com uma das suas mãos, ele parecia triste, não sei se era porque estava me vendo com Rooster ou porque sabia o que estava escrito na porcaria da carta, eu o faria falar assim que o visse novamente.

Nós saímos fo bar e Rooster abriu a porta do carro para que eu entrasse, ele disse que nunca se esqueceria e realmente estava cumprindo com sua palavra. Eu entrei no carro e ele entrou logo depois, Penny me deixou deixar a moto no estacionamento do bar, provavelmente eu a buscaria amanhã pela manhã.

- Depois que voltar da viagem, o que pretende fazer? – Rooster ligou o rádio assim que começou a dirigir, optou pelo caminho mais longo, pela costa, porque sabia que eu adorava ver o bar a noite.

- Quero comprar uma casa, ainda não decidi sobre os planos de Nova Iorque. – Eu dei um pequeno sorriso ao me lembrar que ele não gostou nada do plano sobre NY.

- Você não mora com seu pai? – Ele perguntou, estava olhando para a rua em sua frente.

- Meu pai não tem bem uma casa, um bunker no meio do deserto não é bem meu estilo. – Eu disse rindo. – Vivemos praticamente como nômades, ele me ensinou a ser assim. Acho que agora quero um lugar para chamar de meu. – Eu o olhei. – Para onde você vai, Brad? –

Ele demorou um pouco para responder, talvez ele ainda nem tivesse pensado nisso, ele era um lobo solitário... Não tinha motivos para pensar nisso.

- Não vou ignorar o fato de que não vou conseguir passar mais de uma semana sem te ver. – Ele disse. – Talvez eu compre uma casa ao lado da sua. – Ele brincou e deu uma pequena risada.

- E se brigarmos? – Eu perguntei.

- Construo um muro. – Ele respondeu e eu gargalhei com sua resposta.

- Rooster! Nunca chegamos a esse estágio, tudo bem? Realmente não sei o que fazer, ainda vamos ter missões mas longos meses de férias, então talvez funcione. – Eu voltei a me ajeitar no banco e olhei para a rua em nossa frente.

- Eu vou morar com o tio Mav, você pode morar com seu pai. Fica bom para os dois lados, o que você acha? – Ele disse com um pequeno sorriso no rosto.

- Vou perguntar para ele sobre isso. – Eu o olhei.

- Não é uma boa ideia, Ame. – Ele respondeu enquanto dava uma pequena risada.

Bastou os primeiros toques da minha música preferida começar a tocar para eu reconhecê-la, então eu ergui o som do rádio na mesma hora.

- Brad! Minha música preferida! – Eu praticamente gritei animada, ele gargalhou com minha empolgação.

- Taylor Swift? – Ele fez uma pergunta retórica.

Eu não podia escutar essa música sem cantar cada estrofe dela perfeitamente. Sparks Fly era uma obra de arte que eu nunca me cansaria de ouvir.

- Drop everything now! – Eu comecei a cantar o refrão e para minha surpresa, Rooster fez o mesmo, como ele sabia da letra?

Ele estacionou o carro mas para minha felicidade não desligou o rádio, então a música continuou. Eu me ajoelhou no banco banco e levei uma das minhas mãos até seu rosto, era minha parte preferida da música.

- I'm captivated by you, baby – Eu cantei olhando demais seus olhos enquanto Rooster sorria.

Continuamos a cantar até o final da música, eu estava praticamente sem fôlego quando ela acabou.

- Como sabia a letra toda? – Eu disse enquanto voltava a me sentar no banco.

- Você me disse uma vez que gostava da Taylor, eu fui fazer uma pesquisa. – Ele disse enquanto tirava seu cinto de segurança, desceu do carro e se apressou para abrir a minha porta.

- Vou convencer o meu pai a te deixar morar com a gente. – Eu brinquei dando uma pequena risada, então ele me abraçou por trás, sua boca se encontrou com meu pescoço e seus braços me apertaram um pouco mais.

- Eu amo você. – Ele sussurrou.

- Eu amo você. – Eu sussurrei de volta. Meu coração nunca pararia de disparar por isso.

TOP GUN - Maverick's DaughterOnde histórias criam vida. Descubra agora