Capítulo 8

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Capítulo com 10 mil palavrinhas ❤️

☀️ Seth Blomwood ☀️

Com as mãos fechadas em punho, dialogo de forma rápida com alguns convidados do baile de meus pais como um príncipe herdeiro deve porta-se em qualquer ocasião.

Coluna reta; tom de voz médio; não se curvar demais ao responder reverências; vestes impecáveis; dar sua atenção sempre que necessária.

Nunca foi um grande sacrifício para mim - eu nunca saberei o que é sacrifico de toda forma -, entretanto minha atenção está direcionada a outro lugar além do Alfa que descrevia muitas qualidades de sua filha mais velha para mim.

Um aroma de morangos doces, mas não enjoativos, tomam minha atenção completamente. Eu gostaria de me virar e olhar para a dona do cheiro que me entorpece, entretanto ela está confortável nos braços de outra pessoa agora.

Mais precisamente, nos braços do meu tio Arthur.

Por algum motivo, meu coração apertou no momento que os vi. Senti meu sangue ferver e tirei meus olhos deles. Manter minha magia controlada é o dever da minha vida, e ela anda se perdendo desde que encontrei minha companheira.

Céus! O vermelho realmente cai bem na pele amorenada dela, por mais que eu prefira o dourado que a ilumina por completo.

Ouro combina com ela.

— Com licença! — minha mãe pede sorrindo tocando meu ombro, a família se curva. — Vou roubar meu filho de vocês. Tudo bem? — brinca ganhando alguns risos.

— Claro, Majestade. Sua Alteza, por favor não esqueça de guardar uma dança para Tereza. — pede sorrindo largo.

Dançar com outra mulher? Isso não seria trair minha companheira?

Se eu negar soará mal, se eu aceitar posso chateia-la e eu nem tive tempo de conversar com minha metade sobre nós. Ela precisa saber que não posso retribuir sentimentos.

— Já quer abrir a pista de dança, D'Angelo? — questiona minha mãe com tom brincalhão, levantando uma sobrancelha — ele vai dançar comigo primeiro. Além do mais, eu o pari.

— Rainha Atenas sempre arisca quando se trata do Príncipe. — Responde rindo baixo. Não parecia afetado. — Ele já é um homem forte e independente. Está na hora de deixar o filho do Deus Sol voar, não?

— Meu filho não vai voar para lugar nenhum. Ainda é meu bebê. — brinca se esticando para beijar minha bochecha, abaixo levemente para ajudá-la. — Um cavalheiro desses, não julgo por estar interessada, Tereza.

A bochecha da pequena mulher ficou vermelha, e seus olhos azuis se encontraram com os meus dourados. Desviei assim que ela sorrio e mexeu no cabelo. Scott diz que é um flerte feminino, tendo uma companheira devo ignorar flertes.

— Então, isso é um sim, Majestade?

— Espero que tenha um bom contexto para essa pergunta, D'Angelo. Essa flertando com minha mulher?

A voz grave de meu pai cortou a pequena roda de conversa como um trovão. Sua presença sempre é fortemente carregada de brutalidade e soberania desde que a sede de sangue de seu lobo foi liberada e nunca mais aprisionada de novo.

Sua postura impecável me fez arrumar a minha e observá-lo como sempre fiz.

Muitos dizem que nos parecemos. Tenho seu queixo forte e marcado, as barbas até se moldam quase iguais. Minhas bochechas são mais como as da minha mãe, vermelhas e um pouco cheias. Nossa diferença mesmo é a altura, eu sou mais alto que ele alguns centímetros.

Entre Ruínas (Vol. 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora