Entre Ruínas (Vol. 2)

Capítulo 22

Oi, como estão?

Capítulo 22 veio com uma pequena, porém importante, participação de Omar.

Tentarei postar toda segunda agora que a faculdade me deu uma trégua. Tentarei me esforçar mais pra entregar capítulo, quero terminar Entre Ruínas antes do ano acabar pra começar outras histórias que estão esperando para ganhar vida.

Espero conseguir! ❤️

Enfim. Fiquem com esse capítulo que tem coisinhas perdidas, bem jogadinhas, que precisam de atenção para entender.

Dica: foquem no Lian. 🔎🚨

🐺

Omar Diaz

Me joguei no sofá da imensa mansão seguido por meus convidados que pareciam tão destruídos e animados quanto eu.

Deixei que todos se servissem na mesa posta e aproveitassem as regalias que a mansão daquele imbecil tem a oferecer. De hidro á sauna, de torres de frutas á cascata de chocolate. Parecia mais um parque de diversões, mas a diversão só existe quando ele não está aqui.

Minha única tristeza é que se ele não está, Jasper também não está.

Longo tempo depois rindo e conversando, deixo-os se divertir e caminho cantarolando pelos corredores girando a chave da mansão nos dedos. Paro e observo o corpo alto encostado na parede respirando fundo.

Não posso negar o quão lindo é a alma gêmea de Arthur. Esses olhos de ônix tem um brilho elegante e chamativo que te cativam. Não consegui resistir a vontade que cresceu no meu peito de tocar sua pele quando o conheci. Parecia chamar por mim.

Manter distância deles a festa toda foi a melhor opção. Minha vontade era de me enfiar entre os dois e não sair mais. Só ficar ali sentindo seus cheiros e vendo seus olhos.

Mas aquele momento não me pertencia. Não tenho uma metade. Infelizmente, minha espécie só pode juntar almas sem nunca encontrar a sua. Não dá pra encontrar o que não existe.

Respiro fundo e balanço a cabeça. Não é momento para lamentar minha existência. Caminho cauteloso até o lobo, sendo percebido aos poucos.

— Senhor Diaz. — cumprimenta se desencostando da parede. — Desculpe, não quis abandonar sua festa. Eu só...

— Não tem problema. — respondo sorrindo. Lian assente. — Pode fazer o que quiser nessa residência. Até quebrar. Não me importo.

— Ah, eu não quero quebrar nada. — responde confuso. Ri da sua reação.

— Não se preocupe, cariño. O dono merece toda a maldade do mundo. Mas não pode dar aquilo que não tem e eu vejo que você não tem maldade no coração. — A rara espécie de alma bem diante de mim. Um Coração Puro. Que sorte a minha. — É uma pena.

— Não ter maldade é uma pena?

— É uma pena que o desperdiça dessa maneira. — murmuro me aproximando mais dele. Lian se ajeita me olhando curioso. — Você tem poder para parar um exército só com o olhar, mas guarda tudo isso aí dentro. Por que?

— Não sei do que está falando.

— Talvez estejamos falando e pensando na mesma coisa, mas de formas diferentes. Você me entende, só vai demorar um tempo pra perceber isso. — conclui rindo baixo. — No seu tempo.

Lian engoliu em seco. Continuei sorrindo e me aproximando até estar com o corpo quase colado no seu. Seu cheiro é tão bom, colado no de Arthur é uma mistura perigosa.