Capítulo 17

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Seth Blomwood

Acabei mais uma reunião da empresa. Enquanto todos saiam da sala observei Stella deitada no sofá da sala ao lado separado por um vidro olhando para o teto com o celular sob o peito.

A rotina da Supernova é totalmente entediante para minha alma. Algo que ela não cansa de repetir.

Franzi o cenho assim que sorriu e pegou o celular, começando a ler algo e então digitar animada. Suspirei enquanto senti uma mão tocar meu ombro.

— Continue olhando para ela assim e você vai carboniza-la. — zomba Elliot, deitando o queixo no meu ombro, ainda sentado em sua cadeira. — Por que está bravo, mundinho?

— Não posso ficar bravo.

— Vou reformular minha pergunta. — assenti ainda olhando para a mulher sorridente demais. — por que está olhando para sua companheira como se estivesse amaldiçoando toda sua existência, mundinho?

Engoli em seco. Não saberia responder meu primo, por quê não faço ideia do que está acontecendo comigo. Tudo que é relacionado a Stella é novo para mim.

Cada sensação que ela e sua loba causam em mim é de fato um pouco confuso.

— Sua respiração está acelerada. Ouso dizer que também está com o sangue fervendo, o coração apertado e contando com a forma que seus olhos estão brilhando mais que o normal. Posso afirmar que está com ciúmes.

— Eu não poss-

— Mundinho. — repreende jogando os braços por meus ombros. Stella rir baixo enquanto levanta o celular e faz uma careta. — Eu sou familiarizado com o ciúme, você sabe. Eu sou um Brandon. Você é um Blomwood. Entretanto ainda temos o sangue Blake nas nossas veias. Conheço esse semblante.

Elli sorri, mordo o canto do meu lábio assim que Stella revira os olhos e bufa ainda sorrindo.

— Você já levou ela a algum lugar fora das reuniões, mundinho? sem ligação com a sua rotina da Supernova.

Neguei suspirando, Stella parecia gargalhar para o celular.

— Como não?!? — pergunta se desencostando um pouco de mim. — Mundinho! Que pessoa gostaria de ficar seguindo o companheiro em reuniões chatas e jantares corporativos?

— Stella não pode ficar longe de mim. Não quero que sinta minha dor. Ela não merece isso.

— Está bem. Isso eu entendo. — deita o queixo de novo no meu ombro. — mas Stella precisa respirar um pouco. Por que é que ela só segue você onde VOCÊ precisa ir, mas você não a segue onde ELA precisa ir?

Abri a boca para responder, mas fechei logo em seguida. Stella só está esperando que o demônio apareça, treina quando estou em casa e me segue quando preciso sair. Transferi algumas tarefas para a cobertura, queria que tivesse tempo para suas coisas também.

— Stella gosta de baladas. — informa. Assenti. — Ela já me contou que quando não estava caçando, estava sentando. Não tentei entender a frase, tava carregada de luxúria.

O olhei de cenho franzido. Elli gargalhou baixo beijando meu nariz.

— Mundinho, sua companheira é uma mulher festeira, que ama dançar e fazer sexo. Leve ela para uma balada para dançar um pouco e quem sabe você perde su-

— Elliot! — repreendo baixo olhando de relance para Stella. Mesmo estando em outro cômodo, temo que tenha ouvido algo.

Após ri um pouco, Elliot suspirou.

— Veja como está vermelho. — informa volto meus olhos para Stella cruzando os braços. — Falei sério, mundinho. Precisa fazer algumas coisas por ela. Ela é uma loba solitária de espírito livre e você está, inconscientemente, a prendendo.

Entre Ruínas (Vol. 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora