Entre Ruínas (Vol. 2)

Capítulo 50

🚨 Aviso 🚨

    Esse capítulo está muito pesado em relação à violência, tentei deixar o mais leve que eu pude.

Mudei muita coisa para ficar como eu queria. Essa noite durou horas, mas pra Stella foi muito rápido por que ela estava em choque total.

Desculpa a demora pra esse capítulo, estou na reta final e eu sempre fico um pouco perdida em retas finais e preciso de um tempo pra organizar tudo direitinho pra vocês, mas vai dar tudo certo kkkk

Feliz Natal pra vocês, adiantado ❤️❤️

🐺

O cheiro de morangos dançava por todo o quarto. A alegria que contagiava o coração da pequena garota fazia seu cheiro se intensificar e impregnar-se em cada canto. As mãos, agora morenas, tocavam o vestido dourado que ia até seus joelhos. A sapatilha dourada rodava em seus pés, enquanto se admirava no espelho. 

Seus mais de quatorze primos observavam a menor encantada com sua própria aparência. Sabiam o quanto Stella ansiava por se parecer mais com os Lancellotti, seus traços italianos finalmente aparentes a deixavam ainda mais animada para aquela noite inesquecível. 

Seu aniversário seria comemorado, e dessa vez ela ganharia o presente que ansiou a vida toda. 

— Animada para começar na escola, piccola? 

Stella deu um pulinho animada enquanto apertava as mãos uma na hora, seu sorriso brilhava mais que seu vestido cheio de cristais. 

— Muito, Emmanuelle. Eu mal posso esperar para fazer amigos.

— Somos seus amigos. — murmurou com um bico Ruan, filho de seu tio Angelo. 

— E agora eu terei mais. — responde correndo para mais perto dos primos. 

O quarto da mais nova, cheio de crianças abraçadas, sentadas no chão ou em sua cama, era uma imagem muito comum na mansão. Todas eram apegadas à mais nova loba da família.

— Que ganância! — acusa passando a mão no seu terno alinhado, com o sorriso provocativo dos Lancelotti nos lábios. — Tome cuidado na escola, Piccola. 

— Luca disse que eu não preciso me preocupar. 

— Luca é arrogante, acha que consegue proteger todo mundo o tempo todo. Vai haver momentos em que você terá que se proteger sozinha. — continua seu argumento. Stella enruga o rosto, não gostava quando falavam assim do seu irmão. Luca só é super protetor com a família. — Não me olhe assim… 

— Não fale mal do heroi dela, sabe que ela fica sentida. — briga Emmanuelle, empurrando o irmão. 

— A escola é um lugar bom, mas também ruim. Você sai de lá com um diploma, mas também pode sair com traumas. Ela precisa saber se proteger antes de pisar naquele mar de cobras, e Luca não estará com ela o tempo todo. 

— Eu sei me proteger… — argumenta baixo, mas com a cabeça erguida. 

— Não se preocupe, um de nós vai estar com você. Sempre. — tranquiliza Ruan, bagunçando um pouco seus cabelos. — Vamos ficar de olho em você, então não apronte!

— Eu não apronto. Luca disse que pessoas mal educadas que aprontam, somos civilizados e pessoas civilizadas não fazem cenas. — repete como se repetisse aquilo várias vezes ao dia, e é o que acontece.

— Chatoo!! — resmunga alguns primos revirando os olhos e rindo junto de Stella. 

Todos conheciam o grande discípulo de seu avô Massimo Lancellotti, o patriarca da família. Luca era o único que nasceu com o gene de um feiticeiro em suas veias, e sempre se empenhava nos ensinamentos de seu avô. Em suas palavras, “Poder é proteção, é segurança. E nossa família precisa ficar segura, custe o que custar.”