Chapter 4

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HN

POV MIRANDA

Não consegui dormir durante toda a noite. Em minha mente ficou repassando a cada instante tudo que aconteceu nas ultimas horas. Quando finalmente o dia amanheceu, tomei um banho demorado ainda no quarto de hospedes.

Visto o meu blazer Valentino após terminar a minha maquiagem. Saio do banheiro da nossa suíte e sigo direto para o corredor. Desde que saí da cama e desci para o nosso quarto para me aprontar para o trabalho, eu não vi a minha esposa. Sigo pelo corredor e escuto as risadas da minha filha. Entro no quarto e percebo que a babá está no banheiro com ela.

— Olha o patinho, Emma. Olha como ele é lindo.

Escuto a voz de Liv se comunicando com a minha pequena. Me aproximo e vejo a jovem babá dando banho em Emma que está se divertindo dentro da banheira.

— Bom dia, Miranda.

A babá se pronuncia assim que percebe a minha presença.

— Bom dia, Liv. Olá, Emma. Bom dia. Está se divertindo, filhota?

A minha filha me olha e sacode os braços na agua extasiada com os patinhos de borracha.

— Que bom que está gostando do banho, meu amor.

Me aproximo e toco a sua mãozinha ensaboada.

— Ela passou a noite bem? Acordou muitas vezes?— Questiono.

— Apenas duas vezes. Mamou e adormeceu logo em seguida. Os horários estão bem constantes. — A babá afirma.

— Ótimo.

Fico realmente satisfeita. Nos primeiros meses Emma acordava a noite quase toda como qualquer bebê. A levamos para a pediatra em algumas oportunidades, mas ela nos informou que a nossa filha é perfeita. A resposta sobre seus horários inconstantes era uma só: 'Sua filha é agitada'.

— Repasse todas as informações pertinente desta noite para a outra babá que deve chegar em meia hora. Fale inclusive sobre o novo horário para a vitamina da Emma. E se tiver qualquer problema, por menor que seja, eu devo ser avisada imediatamente.

— Pode deixar, Miranda.

— Tchau, meu amor.

Dou um beijo rápido na cabeça molhada da minha filha e saio do quarto. Desço as escadas um pouco devagar ainda redobrando meus cuidados com a minha coluna. E quando chego ao ultimo degrau,   vejo Andrea chegando na sala vestindo sua roupa esportiva. Pelo corpo suado está claro que ela acaba de voltar da sua corrida.

— Bom dia, Miranda.

Ela  me cumprimenta, mas eu a ignoro. Sigo pelo corredor a caminho da porta da garagem. Sinto a minha esposa me seguindo.

— Miranda, vamos conversar. Eu...

— Vamos, Roy.

O meu motorista de tantos anos confirma e abre a porta para mim. Percebendo o clima estranho entre a minha esposa e eu. Eu mesmo fecho a porta e corto o contato vocal entre Andrea e eu. Coloco os meus óculos escuros e ignoro a minha esposa do lado de fora do carro.

— Vamos.

Determino e Roy dá a partida. Um dos seguranças abre o portão da frente para que possamos sair. E quando o carro sai do terreno da nossa casa e eu suspiro aliviada pela distância.

Não deveria ser assim. Não deveria haver tanta mágoa nesse estágio da nossa vida. Foram meses lutando para me reestruturar e agora vejo Andrea seguindo um caminho estranho.

HiddenNote 2 - Vivendo um sonho.Onde histórias criam vida. Descubra agora