Chapter 29

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É. O que temos pra hoje é tristeza!

Atenciosamente, AmyMills.


HIDDEN NOTE2

POV ANDREA


— Filha, como está a Emma?

Minha mãe me questiona ao abrir a porta.

— Ela está bem, mãe. Foi um dia muito tranquilo como eu te disse por telefone.

— Que bom, meu amor!

Seguimos para a sala.

— Cadê o meu pai?

— Está no andar de cima. Acho que falando com algum cliente ou alguém da empresa. Não sei!

Ela se senta no sofá e eu a observo. Observo a sua falta de interesse clara em algo relacionada ao esposo.

— Senta, meu amor.

Ela pede e eu me sento ao seu lado.

— E a Miranda? Como está?

— A beira de um surto! São muitas informações...Muitos problemas. Desde o dia que a Cat tentou matar ela, Miranda mudou, mãe. Os médicos já haviam me alertado. Disseram que ela não teria mais a saúde de antes. Ou física ou mental.

— Eu lembro, Andrea.

— Mãe, acha que eu errei quando insistir em engravidar?

Minha mãe me olha com as sobrancelhas franzidas como se eu tivesse dito a coisa mais absurda do mundo.

— Andrea, mas que pergunta mais horrível é essa?

— Mãe...

— A Emma é a nossa vida! Como pode duvidar disso agora?

— Mãe, não é sobre a Emma. Sabe que eu amo a nossa pequena mais que tudo. E você sabe disso.

— Mas...

— Foi na hora certa?

— Andrea, não há hora certa para ter filhos. Muitas planejam...Mas bebês são bençãos.

— Eu sei, mãe. Eu amo ser mãe. Amo de todo o coração as minhas filhas. Só fico reflexiva sobre o momento que eu resolvi que engravidaria. Miranda estava numa cama de hospital. Ainda fazendo terapia.

Minha mãe me observa.

— Acho que a cabeça de ninguém estava no lugar naquele momento. E eu temo que a minha precipitação tenha afetado ainda mais a mente da minha esposa.

— Não pode pensar isso. Se você quer saber, a chegada da Emma, foi a força e a garra que a Miranda precisava para superar aquilo tudo.

Eu sorrio.

— Andrea, tudo que vivemos, precisava acontecer como aconteceu. A cada sessão de terapia, eu via a minha amiga se esforçando cada vez mais pela Emma. Você deu a ela um motivo maravilhoso para a recuperação.

Eu fico feliz ao ouvir as palavras da minha mãe. Sorrio outra vez e me recosto melhor no sofá.

— E agora, como se não bastasse, surge essa irmã!

— Tudo vai acabar se acertando.

— Mesmo? Como você e o meu pai?

Vejo a minha mãe ficar mais ereta e desviar o olhar de mim.

— Mãe, conversa comigo. Por favor.

— Andrea, não há muito o que conversar.

Ela se levanta e vai até o outro lado da sala com os braços cruzados.

HiddenNote 2 - Vivendo um sonho.Onde histórias criam vida. Descubra agora