Chapter 17

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HIDDEN NOTE

POV MIRANDA

Sinto um corpo quente colado ao meu se mexendo e acabo despertando. Ao abrir os olhos percebo que Andrea está atrás de mim segurando a minha cintura com posse. O quarto está seguindo a claridade de um abajur no canto.

Há horas corremos para o nosso esconderijo. Um que a nossa família não tem permissão de se aproximar. Os celulares desligados, algumas bebidas tomadas e gargalhadas com nossas peraltices e bobagens próprias, ignorando sorrateiramente a realidade gritante em nossa casa. 

E a melhor parte: Nos amamos. Intensa e demoradamente.

Me desfaço com cuidado do abraço da minha esposa e me levanto. Sigo direto para o banheiro e tomo uma rápida ducha. Visto o meu roupão e saio do quarto. Vou direto para a cozinha. Andrea, apesar de virmos pouco aqui, mantém itens congelados. Que ela adora, mas eu não suporto.

Vou até a minha bolsa e pego o meu celular. Me sento no sofá e religo o aparelho. Assim que ele funciona realmente, surgem diversas mensagens e algumas ligações. Nenhuma que eu deva realmente me preocupar agora. 

Leslie sempre soube que se algo grave acontecer, ela deve me encontrar onde quer que eu esteja. Anna é uma das avós mais maravilhosas que poderia existir para a Emma e para as gêmeas. Então saí de casa em completa despreocupação por deixá-la aos cuidados da avó coruja.

Vou até o aplicativo e peço um almoço completo para mim e para a minha esposa. Aproveito para verificar alguns e-mails pertinentes a Vogue. Por mais que eu realmente tenha precisado de alguns dias de repouso, está na hora de voltar ao trabalho. Principalmente por saber que em algumas semanas teremos a Fashion Week.

Escuto passos descalços no corredor e logo ouço a voz de Andrea.

— Olá, Priestly.

Vejo Andrea chegando enrolada no edredom com os cabelos bagunçados e o semblante de quem estava num delicioso sono.

— Olá.— A respondo e ela vem para o sofá com o seu amontoado de edredom em volta do corpo.

— Fugiu da cama. — Ela reclama me olhando.

— Estava com fome. E deixe-me dizer, se vai receber mulheres aqui, deveria ter uma geladeira um pouco mais atrativa.

Ela gargalha e me puxa para seu corpo.

— Para ser justo, tem um congelador cheio.— Ela diz em tom orgulhoso.

— De ervilhas, pizzas e lasanhas congeladas.

— Bom...Mas estão lá.

Eu a olho e ela sorri para mim.

— Isso mostra a minha inocência, senhora Miranda.

— De que forma?— A questiono.

— Que eu não trago mulheres. Do contrário, haveria evidencias disso pelo apartamento. A geladeira bem mais abastecida para boas refeições.

— Touché.

Lhe dou um selinho e me aconchego em seu corpo.

— Você está se sentindo melhor? — Ela pergunta e beija a minha testa. 

— Estou. A sensação de sufoco foi embora, mas a preocupação persiste. O que faremos, Andrea?

— A prendemos em casa até ela estiver inviável para o exercito americano.

A resposta rápida da minha esposa me faz rir.

— Daremos um jeito, Miranda.

Me afasto e olho para Andrea.

HiddenNote 2 - Vivendo um sonho.Onde histórias criam vida. Descubra agora