Chapter 5

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HN

POV MIRANDA

Me despeço da minha filha adormecida, distribuindo diversos beijos em sua cabeça. É a primeira vez que viajarei a trabalho até um lugar muito distante desde o acidente. Entro no carro e Roy dá partida e seguimos a caminho do portão de saída. Mas um freio brusco me faz deslizar no banco de trás do carro. Eu sequer havia tido tempo de colocar o cinto.

— Mas o que...

— Você está bem, Miranda?

Roy se vira rapidamente e me olha preocupado.

— Estou bem. O que...

— É a Anna!

Olho através do vidro e vejo Anna parada na frente do carro. Minha amiga e sogra saindo da frente do carro . A vejo vir até a porta e entrar no carro.

— Você perdeu a cabeça, Anna? O Roy poderia ter machucado você.— Exclamo.

— Roy, a Miranda vai à Los Angeles! Mas para o seu próprio conforto, ela vai no jatinho Corteleoni, então o voo só sairá daqui a duas horas e não em uma hora! Então vamos dar algumas voltas por Nova Iorque , mas nos dê privacidade, por favor! Pode ser?

Roy me olha e eu aceno positiva para ele.

— Claro, Anna! — Ele responde.

— Muito obrigada, Roy.

Ele concorda com as palavras da minha amiga e fecha a divisória entre nós.

— Me ignoraria até quando, Miranda?— Ela questiona.

— Sabe o motivo de eu não ter te atendido, Anna.

— O que acha de conversarmos um pouco? Só um pouco sem que percamos a linha? — Ela diz ao se virar para mim.

— Anna, onde estão as gêmeas?— Pergunto à ela.

— Estão na Bergdorf com o Massimo. Os deixei lá e inventei que precisava ir até à Vogue para um assunto urgente.

Suspiro cansada com o assunto que será abordado durante o percurso até o aeroporto.

— Miranda, converse comigo!

— Anna, eu não quero realmente conversar. Por que acha que eu antecipei a viagem? Eu não queria passar quatro horas dentro de um avião, presa com você, enquanto você enche os meus ouvidos de argumentos defensivos. Eu quero sossego.

Anna me olha.

— Miranda, não é assim que nós fazemos. Somos amigas. Melhores amigas. E eu estou preocupada. Você não está me atendendo desde domingo.

— Eu estou magoada, Anna.

— Eu sei, Miranda. Eu sei o que a minha filha fez você passar. E eu não estava ligando para te forçar a nada. Eu só queria saber como você estava.

Respiro fundo.

— Miranda, eu sinto muito pelo que ela fez. Eu entendo o que está sentindo.

Fico quieta.

— Mas vocês precisam conversar, Miranda. Andrea está realmente arrependida.

— Eu posso imaginar que sim, Anna. E eu sei que precisamos conversar, mas eu não vou deixar de sentir o que estou sentindo de uma hora para outra, e me sentar para ouvi-la, como se meus sentimentos ligassem e desligassem. Ela quer que eu a perdoe e que esqueça simplesmente o que ela me fez passar quarenta e oito horas atrás. Não é da minha natureza, Anna. Você sabe disso!

HiddenNote 2 - Vivendo um sonho.Onde histórias criam vida. Descubra agora