HiddenNote 2 - Vivendo um sonho.

Chapter 35

*** HIDDEN NOTE2 ***

POV MIRANDA

Deslizo a minha mão direita suavemente no braço da minha esposa. Distribuo alguns beijos em seu pescoço. O dia começou há um tempo e eu me dediquei a observar a minha lindíssima esposa. Os cachos castanhos espalhados pelo travesseiro e as pernas para fora da coberta. Andrea Wintour Priestly é espaçosa. Não que ela tenha aumentado qualquer peso depois do parto, e isso realmente não me importa nem um pouco. Mas ela se estica toda depois que adormece. Os braços e as pernas ficam esparramados por toda a cama.

Me aproximo mais do corpo dela, afasto um pouco mais os cabeços e lhe dou mais alguns beijos perto do ombro.

— Bom dia, Andrea!

Ela se remexe e puxa o meu braço para que eu a aperte um pouco mais. Grudo o meu corpo ao dela.

— Bom dia, meu amor. Dormiu bem?— Ela me pergunta.

— Dormi.

— Mentirosa.

Ela responde me provocando. Sabe que eu pouco dormi esta noite. Minha esposa me conhece em completude.  Ela leva a minha mão até os lábios e dá algumas mordidas.

— Por que está me mordendo, senhora Andrea?

— Adoro morder a sua pele, senhora Priestly.

Ela morde de novo.

— Então, Miranda?

— Então o quê?

— O assunto Liv foi o que tirou o seu sono? Como vão as coisas com a sua irmãzinha caçula?

— Terríveis.

Andrea gargalha com a minha resposta.

— Não tem graça, Andrea.

— Ah, tem sim. Tem toda a graça do mundo, Miranda.

Aperto a cintura dela e ela salta no colchão.

— Nãooo.

Andrea ligeiramente se vira para fugir de um possível ataque de cócegas.

— Precisa ter paciência, Miranda. Ela está aborrecida com você.

— Ei. Eu também estou aborrecida com ela, Andrea.

— Sem razão. Você está "furiosa" porque ela não abaixou a cabeça pra você. Olha...

Minha esposa segura minha mão e me olha.

— Eu te amo e te respeito, mas precisa enxergar que você foi uma cretina com ela.

Abro a boca para responder ultrajada, mas a minha esposa ergue a mão para me impedir.

— Eu entendi o seu lado. Entendo tudo que está vivendo, mas ela se ofender com a sua dedução de que ela estava interessada em algum retorno, é uma das maiores provas de caráter.

Fico reflexiva.

— Miranda, eu também estava suspeitando do comportamento dela, ok? Eu estive preocupada pela forma que ela agia com todas nós, especialmente com você. Mas era apenas suposições mesmo. Ela nunca demonstrou algo diferente de respeito, não é?

Eu concordo.

— Agora você sabe a verdade. E se você deseja algum tipo de relacionamento com ela...

— Claro que quero, Andrea. É a minha irmã!

Andrea me olha e sorri.

— Ótimo. Agora é ter paciência!