Eu estou assustada. Assustada como jamais estive em relação ao meu relacionamento com a Miranda. Enquanto Nigel conversa com a minha esposa, eu tento desesperadamente disfarçar toda a dor e o medo de perder a minha esposa. Eu fiquei aliviada quando ele a tirou de perto de mim. Não por não querer estar perto dela, mas por medo de cometer algum erro que piore tudo entre nós e seja determinante para ela decidir que não me quer mais.
Ela sorri para Nigel e eu me sinto perfurada por saber que há dias a minha esposa não sorri para mim. A perfuração só aumenta quando tenho a certeza de que sou a culpada.
Os homens muito importante diante de mim, que eu sequer lembro os nomes, continuam falando do sucesso das conexões com a Alemanha enquanto eu lamento que tenha conseguido tal feito. Eu estava orgulhosa, mas tudo se transformou num verdadeiro desastre quando permiti que isso nublasse a minha mente.
O mestre cerimonial anuncia que todos os convidados devem tomar suas posições, então sigo apressada para perto da minha esposa. Ela está bem ao meu lado e eu a aprecio enquanto Max conversa com ela.
Miranda está tão perfeita. Como sempre está! O vestido que ela tanto falou nas últimas semanas ficou absolutamente perfeito nela. Os cabelos dourados em seu novo corte lhe dando sofisticação, está me deixando atordoada por tanta beleza.
A vejo abraçando Max sorridente e isso me deixa sem estruturas. Não por ela estar sorrindo, pois isso eu adoro. Mas por saber que ela não está mais sorrindo para mim.
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Ela se aproxima de mim e eu a vejo um pouco ofegante. Ela dá a resposta sucinta de que suas costas estão incomodando. Quando ela me disse que usaria saltos tão altos na festa, eu discordei. Disse que não era realmente uma boa ideia. Mas a minha esposa está determinada a voltar todas as suas rotinas. Não pude intervir.
— Eu posso fazer o carinho?
Pergunto esperançosa para que ela permita algum contato entre nós. Eu sei que o carinho não seria suficiente para aliviar qualquer incomodo físico, mas ela sempre o aceitou como algo reconfortante entre nós. Era o nosso contato. Era o nosso contato favorito.
