HiddenNote 2 - Vivendo um sonho.

Chapter 20

HIDDEN NOTE

POV MIRANDA

Deixamos Emma adormecida em seu berço aos cuidados de Liv. Ela não apresentou qualquer comportamento estranho do nosso momento na sala. Aparentemente não há problemas entre ela e Andrea. Seus olhares não refletem nenhum constrangimento ou ressentimento. Apenas parece natural.

Andrea e eu entramos no nosso quarto. Já são quase cinco da manhã e foi realmente um custo colocar a Emma para dormir.

— Então, esposa...

Andrea me abraça e me beija.

— O que acha de começarmos a treinar a nossa lua de mel?

Ela questiona, mas sequer me deixa responder. Me beija com paixão e euforia. Correspondo sentindo o corpo sendo erguido então caímos a duas abraçadas na cama.

— Maenhêee.

Saltamos na cama assustadas quando uma batida muito forte na porta ecoa pelo quarto.

— Mas o que...

Minha frase fica interrompida quando a porta do nosso quarto é aberta. Vejo o vulto ruivo entrando no quarto com passos descoordenados.

— Cassidy?

Acendo a luz do abajur e a vejo com uma roupa de quem com certeza não estava dormindo.

— Maenhee. Que coisa engraçada.

Ela gargalha por absolutamente nada chamando o "mãe" da forma mais estranha possível.

— Cassidy, o que está acontecendo?

Minha esposa pergunta. Mas ela ignora e pula na cama entre Andrea e eu.

— Ei...Já pensou se nós vivêssemos dentro de uma concha? E as pérolas fosse humaninhos? Será que as perolas iam abrir as conchas e fazer colar de humaninhos?

Ela começa a gargalhar. Não sinto cheiro de álcool. Olho para Andrea e minha esposa me olha.

— Ela...Andrea, ela...

— Ela está chapada!

— CASSIDY.

Exclamo raivosa quando Andrea chega a mesma conclusão que eu.

— Ohhh, não grita mãeeeh. Vai acordar a Miranda.

Ela gargalha outra vez.

— Ah, você vai tomar um banho agora! Depois eu vou te trancar numa clínica de reabilitação, CASSIDY.

Tento arrastar a minha filha para fora da cama, mas Andrea me impede.

— Miranda, isso não é bebedeira. Um banho não vai deixar ela mais esperta. Ela fumou maconha. É...Tem que deixar sair do sistema dela. E gritar com ela agora não vai adiantar em nada.

Fico furiosa olhando para a minha filha que parece ter acabado de descobrir que tem duas mãos, pois está olhando para as mãos fechadas.

— Cadê os meus dedos? Eu não tenho dedos...Cadê meus dedosss?

Me levanto e ando pelo quarto.

— Andrea, isso...Isso não foi só maconha.

— Como você sabe? Ela só está desorientada, Miranda.

— Olha pra ela, Andrea.

Cassidy parece interessadíssima no pé.

— Ela só está desorientada. Se acalme.