A história gira em torno de um grupo de adolescentes mergulhando nas reflexões do primeiro amor e na transformação pessoal que cada um pode experimentar. Através de suas experiências, o leitor é levado a uma viagem nostálgica, relembrando sua própri...
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"Hy can't you want me like the other boys do? They stare at me while i stare you Why can't keep you safe as my Own? One moment i have you the next you are gone"
~Crave You (Flight Facilities)
5 de Agosto - Noite de Segunda-feira
- Num era tu que devia tá ali? - Dimas perguntou enquanto via o melhor amigo dançar com Léa.
Lis sacudiu os cabelos castanhos ondulados.
- Faltou alguém dizer isso a eles - falou. Depois dos dois terem a abandonado na cozinha, Lis se arrastou para a escada onde ficou imovel pelos últimos dez minutos vendo-os rir e cochichar um na orelha do outro.
- Gata, cê tem que começar a dizer o que quer senão tu sempre vai sobrar.
- Eu sei - respondeu, baixando o copo de soda italiana com um baque no corrimão. Lis não bebeu sequer uma gota, nem agradeceu adequadamente ao Hugo e agora nem sabia onde ele estava. Onde quer que fosse devia estar chateado pela maneira fria com que o tratou.
A atenção de Dimas era mais curta do que a de um recém nascido e ele já tinha fumado demais para conseguir ter uma conversa séria então se limitou a ficar ali ao lado dela esperando que alguma coisa acontecesse. Minutos depois Nathan apareceu descendo os degraus com Simone que olhava para baixo como se tivesse medo de tropeçar nos próprios pés e cair rolando.
- Já tô indo - falou erguendo a mão para cumprimentar o amigo. Pela aparência do Nathan ele parecia ter brigado com um gato selvagem. Havia marcas no seu pescoço e faltavam botões na camisa.
- A Lis tá mal porque o mano tá ali com a garota nova - disse Dimas a ele. Nathan girou o pescoço para olhar.
- Não tô tão mal assim - ela tentou mentir.
Nathan se curvou e a abraçou. Ele tinha cheiro de bebida e fumaça de cigarro. Quando conheceu Nathan, ele era tão tímido e focado nos estudos quanto a própria Lis, mas conforme o tempo passava ele parecia se desleixar deixando essa parte de si para trás.
- É de você que ele gosta - afirmou, tentando confortá-la.
Os lábios de Lis se curvaram para baixo numa careta que falhou em ser um sorriso. Não adiantava de nada Daniel gostar dela enquanto se esfregava em outras por aí.
- Se vocês tão dizendo - por trás de Nathan ela viu Daniel e Léa abraçados, a garota era tão baixa que sequer conseguia colocar os braços no pescoço dele.
- É real. Confia. - Dimas pegou a bebida dela e cheirou. - Que é isso aqui?
