A história gira em torno de um grupo de adolescentes mergulhando nas reflexões do primeiro amor e na transformação pessoal que cada um pode experimentar. Através de suas experiências, o leitor é levado a uma viagem nostálgica, relembrando sua própri...
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"Me diz, cê se importaria, bitch Se eu te beijasse, yeah"
~Malovi(The Kauzz)
04 de Fevereiro - Quarta-Feira
O prédio de arquitetura antiga assomava acima deles, o clima estava ótimo e o sol refletia nas milhares de janelas. A agitação juvenil explodia com aquele bando de estudantes conversando antes do sinal tocar e todos precisarem ir correndo para a sala de aula. Naquela manhã, Daniel, Lis e Sarah chegaram juntos ao Floriano e o garoto logo reconheceu seu amigo de cabelos trançados parado nos degraus de entrada como se esperasse alguém.
— Vou esperar a Léa — comunicou Lis, sinalizando para a grama onde pretende sentar.
— Se for falar sobre mim, vou querer direitos autorais. — ele a abraçou pela cintura. O cheiro de creme que os cabelos ondulados dela exalavam invadiram suas narinas de rompante enquanto a envolvia. E de repente Daniel não queria ter vindo para a escola, eles poderiam ter enganado os adultos e dado meia volta sorrateiramente. Era uma ideia tentadora passar o dia inteiro agarrados no quarto.
— Como se eu não tivesse outros assuntos além de você, seu bocó — ela comentou rindo, enquanto pousava o rosto no peito dele.
— E se a gente fosse..? — Daniel começou a dizer enquanto a apertava.
— Não. — ela o interrompeu, firmemente. — A escola é importante. — embora apreciasse a sensação da temperatura morna do corpo dele junto ao seu, Lis não ia deixar os estudos de lado.
— Chata — ele disse, mas riu. Um riso divertido.
Desviando-se do casalzinho feliz, Sarah seguiu para o prédio principal. Ao passar por Dimas não falou ou sequer olhou para ele.
— Aconteceu alguma coisa? — Lis notou a cena. Ela e Sarah ainda estavam dando-se estranhamente bem e mesmo que não entendesse o motivo dessa benevolência repentina, desejava permanecer assim por muito tempo, afinal sabia o quando a irmã é importante para Daniel.
— Sei lá. — ele realmente não sabia, tinha nascido gêmeo da garota mais complicada do universo. O casal se despediu com um selinho antes de Daniel ir cumprimentar seu amigo mais próximo. — Tu mexeu nesta espinha? — perguntou ao Dimas assim que chegou aos degraus.
— Claro que não pô — o moreno riu enquanto tocava a pele machucada de espremer.
— Mexeu não, né? — os dois riram — Mas aí tá esperando alguém? — Daniel olhou para o caminho de paralelepípedos e depois para a grama. Além de Lis, não parecia haver ninguém realmente conhecido.
— Tô. Achei que seria melhor ficar aqui do que entrar. — disse Dimas com um dar de ombros. — Esse sol tá daora.
— Verdade — observou ele, jogando a cabeça para trás para olhar para o sol. — Mas quem é que tu tá esperando?