ENFIM PAZ...
SERÁ?Anne
Depois de sair do hospital fomos até a delegacia, prestei depoimento e disse ao delegado que apesar de tudo o que aconteceu eu não gostaria de prestar queixa, expliquei minhas razões e o delegado entendeu minhas razões e disse que faria o possível pra que o Lucas não fosse preso, porém era necessário o depoimento dele confirmando tudo o que eu disse.
Saímos da delegacia e finalmente fomos pra casa, o dia foi longo mas optei por não deixar nada pra amanhã. Chegamos a minha casa, meu pai nos aguardava na sala.
_ Como foi no hospital, vocês demoram.
_ Conversamos com o Lucas e realmente pareceu que a atitude dele foi um ato de desespero - disse Ulisses.
_ Como eu imaginava, resolvi ajudar ele a começar uma nova vida longe daqui, disse que iria ajudar a sair do país e se manter até conseguir um trabalho. O senhor acha que fiz mal?
_ Minha filha, só uma pessoa muito especial passa por tudo o que você passou e consegue manter um coração tão bom. Se esse é o seu desejo, é o que vamos fazer.
_ Agora, que enfim parece que esse dia acabou, tudo o que eu quero é tomar um banho e deitar na minha cama.
_ Bom... Já que tudo foi resolvido, acho que preciso ir. - disse Ulisses já se levantando.
_ Ir pra onde? - pergunto
_ Pra casa, minha princesa.
_ Tá tarde, por que não fica aqui?
_ Princesa, bem que eu gostaria...
_ Vocês acham que sou bobo e que não sei que vocês já dormiram juntos? Já tive a idade de vocês, e sei que vão se casar em breve, fora que não vejo a hora de ter um monte de netos correndo pela casa. - Meu pai fala nos deixando com vergonha - Fica Ulisses, você é e sempre será bem vindo nessa casa. - conclui subindo as escadas.
_ Não posso contrariar meu sogrão - Ulisses fala com um sorriso malicioso depois que meu pai some.
_ De jeito nenhum.Nos beijamos com intensidade, paramos somente quando falta o ar. Subimos de mãos dadas pro meu quarto, tomamos banho juntos trocando muitas carícias e depois de nos amar várias vezes, finalmente dormimos.
Acordei sentindo um peso sobre mim, tentei me virar mas Ulisses estava com braços e pernas enroscados no meu corpo, sorri ao sentir ele tão próximo. Tentei sair com cuidado pra ele não acordar, mas ele me apertou com mais força.
_ Tá querendo fugir de mim, princesa? - disse com a voz rouca e irresistível.
_ De jeito nenhum, só preciso ir ao banheiro! - respondi ficando vermelha.
_ Ok, mas antes de te soltar eu quero um beijo.
Dei um selinho nele e corri pro banheiro.
_ Ei! Selinho não vale, quero um beijo de verdade!
Entro no banheiro, faço minha higiene e volto pra cama, vou engatinhando até ele, que me puxa pra um beijo que começa calmo, mas logo se torna mais profundo. Quando percebo estou sobre ele beijando seu pescoço e dando suaves mordidas.
_ Agora sim tá do jeito que eu gosto.
_ Então quer dizer que podemos descer pra tomar café?
_ Minha fome agora é outra, princesa.
_ E qual das fomes quer matar primeiro?
_ Essa!
Ele me vira na cama e deita por cima de mim, abre o nó do meu roupão, vejo desejo em seus olhos e os meus não devem estar diferentes. Ulisses é intenso e carinhoso ao mesmo tempo e cada vez que ele me toca eu me sinto mais apaixonada.Depois de nos amarmos intensamente, tomamos um banho e descemos pra tomar café, encontramos meu pai na sala de jantar e tomamos nosso desjejum enquanto conversávamos amenidades.
Após o café Ulisses me leva até a auto escola, enquanto faço minha aula Ulisses aproveita pra investigar como o Lucas conseguiu se infiltrar no carro onde eu faria a aula.ULISSES
Acompanho a Anne até a autoescola, minha intuição de policial me diz que Lucas teve ajuda no sequestro da Anne e é aqui onde vou começar minha investigação.
Enquanto ela faz a aula eu peço pra ver as filmagens das câmeras de segurança no dia do sequestro, vou começar pelas imagens da área onde ficam os carros a espera dos alunos. Percebo que onde está o carro que a Anne faria aula há um ponto cego da câmera onde só consegui vizualizar a parte traseira do carro que foi usado no sequestro. Chamei o responsável pela escola, o Sérgio, e pedi que ele olhasse nas filmagens se havia alguma coisa de anormal.
_ Você percebeu alguma movimentação diferente nesses vídeos?
_ Esse carro não faz parte da frota da autoescola, apesar de estar adesivado como os nossos, essa placa não é de nenhum dos nossos carros. O local onde ele se encontra também não é comum de pararmos exatamente por haver um ponto cego nas câmeras.
_ Você tem certeza do que está afirmando? Quando os investigadores estiveram aqui você não disse nada?
_ Quando seus colegas vieram pegar nossos depoimentos, eles só ouviram o que o instrutor dela tinha a dizer, eles não chegaram a verificar os vídeos.
_ Você tem certeza disso? O quê o instrutor disse a eles, você sabe?
_ Pra falar a verdade eles conversaram em particular e depois de depor ele sumiu, não voltou mais aqui e não conseguimos contato com ele.
_ Você se lembra de mais alguma coisa estranha?
_ No dia que houve o sequestro ele não veio ao escritório como haviam dito a ela, aquele dia ele havia faltado e não sabemos quem é pessoa que a orientou a esperar naquele carro.
_ Vocês disseram isso ao investigador que esteve aqui?
_ Um dia após o sequestro, veio um investigador aqui e pediu pra falar com o Augusto, instrutor da Anne, nós não sabíamos que ela tinha sido sequestrada. Não sabíamos o que ele queria com o Augusto, só ficamos sabendo do que se tratava quando foi noticiado na mídia.
_ Tem algum vídeo que mostre o investigador?
_ Tem sim, a câmera da recepção mostra claramente, quer ver?
_ Por favor.
Não acredito no que o vídeo mostra, o próprio delegado esteve aqui, mas não investigou nada. Ele apenas conversou com alguém que sequer esteve aqui no dia.
Faço cópias dos vídeos, agradeço ao Sérgio e aguardo a Anne terminar a aula. Essa história está cada vez mais confusa e pra preservar minha princesa, acho melhor não comentar sobre o que descobri.
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A Herdeira Perdida - Concluído
RomanceUma criança é encontrada dormindo sob uma ponte no parque da cidade, ela não se lembra como chegou ali, seu nome, sua idade.... ela estava completamente perdida