19 DE JANEIRO DE 1991
Pouco depois do meio dia de sábado, um amigo de Dee Davis chamado Thomas Ray chegou para concertar o carro dela, como prometera quando a levara para jantar na noite anterior. Notou a luz da varanda acesa e as cortinas abertas. O chevy Cavalier 1985 dela estava do lado de fora; Dee sempre o estacionava na garagem.
Ray não recebeu nenhuma resposta quando bateu a porta. Levantou o portão da garagem e viu que a porta que levava para o interior da casa estava aberta. Lá dentro, o fio da linha telefónica que ia até o plugue na parada tinha sido cortado, e um bloco de concreto rodeado de vidro jazia no chão da sala de estar. A roupa de cama tinha sumido.
Ray pegou seu carro, encontrou um telefone público e ligou para o serviço de emergência.
Ao anoitecer, o detetive Sam Houston e outros policiais da delegacia do condado de Sedgwick reuniram grupos de busca para percorrer as estradas de todas as regiões norte do condado de Sedgwick. Os subchefes de policia saíram batendo de porta em porta, perguntando se alguém tinha visto Dee. Na casa dela, Houston percebeu que alguém tinha vasculhado a gaveta de lingerie. Um vizinho viu as chaves de Dee no telhado da garagem da casa. O subchefe Matt Schroeder encontrou algumas roupas de cama de Dee enfiadas em uma galeria de esgoto a quilómetros da casa de Dee, não havia sido localizadas.
Sua família rezava e se preparava para as más noticias. Os investigadores concluíram que alguém tinha limpado as portas e o porta malas do carro dela.
No dia primeiro de Fevereiro, treze depois do desaparecimento de Dee, um adolescente chamado Nelson Schock saiu para uma caminhada matinal. Acompanhado de um cachorro de rua que o seguia, ele rumou para o oeste pela 117th Street North, vários quilómetros ao norte da casa de Dee. O cão correu para debaixo de uma ponte e não quis sair quando fui chamado. Nelson desceu e viu uma colcha de cama e um corpo. Ao lado do cadáver havia uma máscara de plástico pintada.
Nelson ficou tão perturbado que, quando em disparadas para casa, seguiu na direção errada por algumas passos.
Os investigadores fotografaram o corpo congelado de Dee, fizeram um diagrama da localização e analisaram o que viram: meias-calças amarradas em voltada garganta, dos pulsos e dos tornozelos. O cadáver tinham mordidas de animais.
Houston reparou nas semelhanças entre aquele assassinato e o de Hedge, ocorrido seis anos antes: ambas as mulheres tinham sido amarradas e estranguladas, e o fio das linhas telefónicas de suas casas foram cortados. Eram fatos que assemelhavam os casos aos ataques do BTK, que começara a agir dezessete anos antes.
Mas também havia diferenças significativas: as vitimas de Park City eram mulheres mais velhas e tinham sido tiradas de suas casas. O BTK não fizera isso em Wichita.
A opinião predominante ente os investigadores era que os casos de Hedge e de Davis podiam estar relacionados, mas não tinham ligações com o BTK. Houston não estava tão certo.
***
Rader arrastara o corpo de 1,65 m de altura e 60kg de Dee para fora da casa na própria roupa de cama, e a colocara na porta-malas do carro dela.
Primeiro a levou para um lago pertencente ao Departamento de Transportes do Kansas, na esquina da Forty- fifith com a Hillside, perto da I-135, a autoestrada de que divide a região leste de Wichita da oeste. Ele a escondeu entre alguns arbustos.
Queria amarrar Dee em diversas poses e tirar fotos na privacidade de um celeiro abandonado. Mas estava nevando, e a noite avançava. Ele precisaria se esgueirar de volta para o acampamento em pouco tempo. Decidiu levar o carro de Dee de volta para a residência dela. Mas primeiro dirigiu por Park City, até a Igreja Luterana de Cristo, sua própria paroquia, e enfiou a caixinha de jóias e outros pertencentes da mulher embaixo de um barracão nos fundos. Em seguida, dirigiu de volta a casa, limpou o carro dela, jogou as chaves no telhado e caminhou várias centenas de metros de volta a igreja batista onde deixara o próprio carro.Dirigiu de volta para o lago, pegou o corpo de Dee e rumou para o norte, na direção de um celeiro abandonado que pretendia usar. O tempo estava ficando apertado. Os escoteiros perceberiam sua ausência.
Encontrou uma ponte ao longo de 117th Street North largou o corpo la embaixo. Fez então a longa viagem de volta ao Encontro de Escoteiros
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BTK MÁSCARA DA MALDADE
De TodoUma obra escrita Roy Wenzl, Tim Potter, Hurst Laviana, L. Kelly. Editora Darkside