12 DE JANEIRO A 19 DE MARÇO DE 2004.
"Voce sabe que dia é quinta-feira", escreveu Hirschman.
Laviana teve que pensar por alguns instantes: Hoje é segunda, então... quinta feira é dia 15 de Janeiro.
Por que Hirshman está preocupado esta preocupado com o dia 15 de Janeiro?
Ele digitou uma resposta por e-mail:
"Só pode ser por causa dos Otero."
Hirschman respondeu dois duas depois. "Então voce vai escrever uma matéria sobre os trinta anos do caso?"
"Agora vou", escreveu Laviana.
Ele não queria faze-lo, entretanto.
Hirschman gostava de reportagens retrospectiva. Laviana não - tratavam de coisa que não eram mais notícia.
Laviana levou a ideia a Tim Rogers, o editor assistente de noticiário local do Eagle. Laviana teve que explicar quem era o BTK; Rogers trabalhava no jornal havia menos de tres anos.
"Não sou um grande fã de reportagem retrospectivas", comentou Rogers.
"Eu também não", falou Laviana.
"Vamos ver se tem alguma coisa nova", sugeriu Rogers. "Se tiver, podemos fazer algo."
Laviana se afastou, passando pela mesa de Wenzl. Nada de matéria, pensou.
Então parou.
"Roy", disse. "Quem é aquele sujeito que está fazendo alguma coisa sobre o BTK?"
"Beattie", respondeu Wenzl. "Um advogado."
"Voce tem o telefone dele?"
***
A matéria de Laviana foi publicado no sábado, 17 de Janeiro:
Era uma rotina seguida por milhares de mulheres de Wichita no final da década de 1970:
-Ao chegar em casa, verificar o telefone de imediato.
- Se a linha estiver muda, sair.
"Não acho que as pessoas hoje em dia se dão conta do tipo de tensão que havia em Wichita naquele época", lembrou o advogado Robert Beattie (...).
Beattie disse que queria que seu livro documentasse um capitulo na história de Wichita e incentivasse as pessoas a apresentarem informações que solucionassem o caso.
"Tenho certeza de que seremos contatados tanto por malucos como por pessoas com boas intenções com pouco a oferecer", disse ele. "Mas não acredito que seremos contatados pelo BTK."
***
Na verdade, o BTK considerou a reportagem do Eagle e os comentários de Beattie um conjunto de insultos pessoais. Quase não conseguiu acreditar no que leu:
Embora os assassinatos continuem marcados com clareza nas mentes daqueles que os vivenciaram, Beattie acredita ser provável que muitos cidadãos de Wichita nunca tenham ouvido falar no BTK. O advogado relatou que usou o caso BTK durante um segmento de seu curso no ano passado e ficou surpreso diante da reação.
"Eu não obtive nenhuma reação dos alunos", comentou. "Nenhum deles tinha ouvido falar nada a respeito dele. (...) "Espero que alguém leia o livro e se apresente com algumas informações - uma carteira de motorista, um relógio, chaves de algum carro", complementou.
O último assassinato atribuído ao BTK havia sido treze anos antes. Naquele época, Rader tinha confundido os especialistas, resistidas a tentação de se exibir e permanecido em silencio e em segurança. Conseguira evitar a prisão por homicidio dez vezes seguidas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
BTK MÁSCARA DA MALDADE
De TodoUma obra escrita Roy Wenzl, Tim Potter, Hurst Laviana, L. Kelly. Editora Darkside