42. VALADEZ

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1 DE DEZEMBRO DE 2004

As 9:30 do dia 1 de Dezembro, o repórter Tim Potter encontrou diversas mensagens telefónicas a sua espera no Eagle, vindas de uma boa fonte que queria desesperadamente lhe passar uma pista. Por volta de vinte policiais estavam prestes a arrombar uma porta aos pontapés no sul de Wichita e prender alguém, informou a pessoa que ligou. Ao que parecia, eles achavam que tinha encontrado o BTK.

O endereço ficava perto da linha do trem.

Potter, o repórter Stan Finger e os fotógrafos Randy Tobias e Bo Rader seguiram para o local. Eles partiram em carros separados, tentando não alertar o suspeito. Não viram nenhum sinal de uma prisão iminente: nenhuma viatura, nenhum sinal de vigilância. Perplexo, Potter estacionou dois quarteirões mais adiante e se pos a observar a casinha branca.

No Eagle, outros repórteres começaram a vasculhar os registros públicos do proprietário da casa. Aparentemente tinha 65 anos. Morava no outro lado da linha do trem. Era hispânico, como os relatos de testemunhas oculares e linguistas vinham sugerinndo que o BTK poderia ser. Tinha morado em Wichita a vida inteira.

Naquela tarde, enquanto Potter dirigi por uma rua lateral na vizinhança de classe operária, reparou que estava sendo seguido por um sedã azul compacto. Ele reconheceu o veículo como um dos carros sem identificação usado pelos detetives. Potter estacionou; o sedã parou. La de dentro saiu Otis, parecendo irritado.

"O que  voce esta fazendo?" perguntou o detetive.

"Trabalhando", respondeu Potter.

Otis abriu um sorriso tenso.

"Fique fora do caminho, fique longe das vistas e mantenha distancia de propriedades privadas", mandou Otis.

***

Otis estava furiosos. Ele voltou para seu carro, ligou para Landwehr e contou que Potter estava vigiando a vigilância. Landwehr perdeu a estribeiras. Mandou Otis voltar para sede da força tarefa: também chamou de volta os outros detetives.

O Eagle estava a par de uma investigação que tinha começado naquela manhã com outra pista. Uma fonte, cuja identidade a policia nunca revelou, alertou que um homem chamado Roger Vladez poderia ser o BTK.

Quando Gouge, Relph e Otis foram a casa dele para pedir uma amostra de DNA, perceberam uma movimentação através da janela, mas ninguem atendeu a batida na porta. Potter tinha estacionado a uma distancia de qual podia ver tudo enquanto os policiais esperaram para saber se havia algum manando de prisão pendente - sem nenhuma revelações com o BTK - que lhes desse autorização legal para entrar na casa de Valadez.

"O que vamos fazer agora?" perguntaram os detetives a Landwehr, de volta a sede de força tarefa. Estavam praguejando contra os jornalistas, lançando uma enxurrada de imprecações. parte disso era raiva: os repórteres do Eagle os estavam perseguindo enquanto ele perseguiam o BTK? Parte disso era privação de sono; estavam esgotados, caindo de cansaço. E parte disso era que realmente acreditavam que aquele poderia ser o cara.

Otis se perguntou se os repórteres vinham seguindo os detetives quando eles saíram do estacionamento da prefeitura. Nesse caso, estavam flertando com acusações de obstrução de justiça.

***

Potter ligou para L. Kelly para contar: "Fui pego. Otis me parou na rua," Isso confirmava a coisa toda. Se Otis estava la, a questão era sobre o BTK Mais isso também complicava as coisas. O repórteres e o detetive conheciam ali, e ambos estavam apenas fazendo seus respectivos trabalhos. Os jornalistas tinham o direito de observar  de seus carros, contanto que não atrapalhassem a acção policial. Kelly disse a Potter que, se um policial dissesse que ele deveria afastar e lhe telefonar na hora; os editores cuidariam de tudo a apartir dali. Mas as coisas não chegaram a esse ponto. A medida que a espera de que alguma coisa acontecesse. Ao que que parecia os policiais não iriam voltar. Mas poderiam.

BTK MÁSCARA DA MALDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora