JULHO E A GOSTO DE 2004.
A mídia de alcance nacional seguia importunando Johson com pedidos de entrevistas. Como não eram atendidos, continuavam a abordar pessoas com ligações menos diretas com a instigação. Alguns noticiários jogavam pesado contra a concorrência, insistindo que os entrevistas não falassem em outros programas. Laviana se recusou aceitar tais acordos.
Esses programas irritavam a policia. Especialistas em assassinos em série que não sabiam nada sobre o BTK apareciam tagarelando sem parar na televisão, "falando abobrinha", na definição de Otis.
***
Alguns dias depois da coletiva de imprensa do dia 22 de Julho, Wenzl viu Landwehr sair da prefeitura para fuma um cigarro.
Wenzl estava ciente de que o tenente não falaria a respeito do BTK,mas também soubera, por meio de Laviana, que Landwehr tinha um bom senso de humor. Wenzl fingiu entrevista-lo.
"Kenny Landwehr", disse, apertando a mão dele. "Voces ja capturaram o BTK?"
"Não", respondeu Landwehr.
"Eu tenho um suspeito, se voce não se importar com a minha intromissão", avisou Wenzl.
Landwehr o ouviu com educação.
"é Hurst Laviana."
O rosto de Landwehr se enrugou em um sorriso. "Não", disse.
"Sério" Voce tem que admitir que Hurst é um cara esquisito."
"Não." repetiu Landwehr.
"Ok. mas nós estamos conversando sobre isso na redação há séculos e chegamos a conclusão de que um dia Hurst irá desmascarar o BTK na primeira página ou virá até voce para confessar."
Landwehr deu uma longa tragada no cigarro. "Tenho certeza de que não é ele", afirmou o tenente,
"Mas como?"
"Por que nós o eliminamos como suspeito,"
"Como?"
Landwehr sorriu. "Sem comentários", desconversou,
Alguns minutos depois,de volta a redação, Wenzl encontrou Landwehr escrevendo uma matéria.
"Eu limpei seu nome", informou Wenzl. "Encontrei Landwehr no lado de fora da prefeitura. Nós comparamos anotações e concluímos que voce não e o BTK."
"Obrigado", agradeceu Laviana.
"Não disse que voce é inocente", aviou Wenzl. "Só que voce não é o BTK."
Laviana assentiu.
"Landwehr disse uma coisa estranha", continuou Wenzl. "Falou que eliminou voce como suspeito. E pareceu estar falando muito sério."
"E estava", disse Laviana. "A policia coletou uma amostra do meu DNA."
"O QUE?"
***
Era verdade, disse Laviana. Depois da coletiva de imprensa do dia 22 de julho, Otis o tinha puxado de lado.
"Odeio fazer isso, mas preciso pedir seu DNA", falou Otis, "Voce foi mencionado como suspeito", respondeu. Ele achava que a policia coletaria uma amostra sua a partir do momento em que começou a dar entrevistas na TV.
Imaginou que alguém o veria na televisão e o denunciaria como suspeito por saber sobre o caso.
Laviana seguiu Otis ao escritório de Johsin. Otis fechou a porta.
Os policiais tinham se recusado a comentar a respeiro dos boatos circulando pela cidade segundo os quais eles tinham coletado amostras de milhares de homens.
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BTK MÁSCARA DA MALDADE
De TodoUma obra escrita Roy Wenzl, Tim Potter, Hurst Laviana, L. Kelly. Editora Darkside