O canto do rouxinol

Capítulo 2- Um passo no passado, um passo no futuro

2526 palavras

Música do capítulo: Wish for you- Lee Sang & Kang In Soo

"Quando a gente está triste demais, gosta do pôr do sol..." Antoine de Saint-Exupéry

Ao observar os rapazes desaparecendo no horizonte, olhou para o lado um pouco preocupado com o pequeno rapaz da venda. Ele parecia a beira das lágrimas, é extremamente pálido enquanto o ajudava. Era só por isso que ia atrás dele quando o viu virando uma pequena viela.

Alcançou o rapaz com facilidade e a visão o preocupou um pouco, pois ele andava com um pouco de dificuldade e colocava a mão no coração, entrando em uma casa abandonada a poucos metros adiante.

Ali não parecia ser a casa deles, a casa em estilo colonial branca com detalhes em relevo em azul tinha apenas um andar, mas parecia ter um tempo que não era pintada e a porta não tinha trancas, pois o rapaz entrou com facilidade.

Ele entrou logo em seguida e percebeu que a casa por dentro estava limpa, mas não tinha móveis, exceto pelo pequeno tapete e alguns travesseiros no chão onde estava o rapaz caído respirando com dificuldade no chão.

— Menino Garcia! — Disse o rapaz em voz alta correndo em sua direção e pegando o menino nos braços— Você está bem?

— J-já f-ic-ar-rei— Disse o menino com voz entrecortada, tossindo bastante e respirando com um pouco de dificuldade

— Você carrega algum remédio consigo? — Perguntou o que fez o outro rapaz de pálido atingir cores semelhantes a vinho suave e tossir um pouco mais.

— Peço sua licença, vou procurar em sua bolsa— Disse Sunan para o rapaz encontrando uma fina lata que parecia ser remédio com a frase escrita: "Passe em meu peito se eu estiver em crise"

" Agora eu entendi o porquê ele ficou tão corado" Pensou Sunan tentando esconder o sorriso e pensando que o garoto deveria ser bem tímido.

O menino ainda respirava com dificuldades e tossia.

— Eu peço licença mais uma vez, preciso lhe aplicar esse remédio, está bem? — Após à anuência do rapaz, ele destampou a lata e começou como o seu trabalho.

Começou tirando a gravata e a desabotoar o colete, seguido da camisa do rapaz exibindo o peito alvo é magro, com mamilos rosados e barriga plana.

" Que interessante ele não ter pêlos no peito" pensou o rapaz enquanto aplicava o remédio com toda a delicadeza, massageando a região com cuidado.

Com o passar do tempo a respiração do rapaz se normalizou e ele pode perceber que o mais baixo adormecera em seus braços.

" Deve ter sido bem exaustivo toda essa situação" pensou Sunan sem deixar de observar os traços do rapaz.

Ao contrário do que ditava a moda, ele tinha belos cabelos cacheados, longos o suficiente para formar cachos negros, com sobrancelhas bem-feitas que emolduravam olho cor de mel quando abertos, seu nariz era pequeno e arrebitado acompanhado de lábios pequenos, bem-definidos por um arco do cupido perfeito e carnudos, emoldurados por um belo rosto em formato de coração.

Seu pescoço era longo e alvo e seu peito e abdômen plano. Quando o viu pela primeira vez, Sunan pensava no quanto ele era pequeno e delicado para um adulto, agora entendia um pouco o motivo, o que fez seu olhar voltar a atenção para o remédio.

Ao olhar o verso tinha escrito "Echinodorus grandiflorus, Matricaria chamomilla e Cymbopogon citratus" . Ele lembrava vagamente que todas essas ervas eram voltados para problemas de coração. Seu pai usava ervas parecidas antes de morrer em um acidente.