2038 Palavras
"A dor pode desaparecer. Mas as cicatrizes servem como lembrete do sofrimento. E o deixam preparado para nunca mais ser ferido." The originals
Evanescence - New Way To Bleed
No silêncio da noite, sob a luz pálida da lua, uma coruja sobrevoava em círculos sobre a mansão Sukassen, mergulhada em sombras pelo caos da batalha que se desenvolveu mais cedo em uma tentativa fracassada de sequestro. Seus olhos grandes e penetrantes observavam atentamente cada detalhe da destruição e da tristeza que pairava no ar.Os corpos já haviam sido retirados do local, mas os sinais de destruição e sangue ainda se sobressaia, dando ao lar outrora alegre um ar sombrio e com cheiro de morte.
De repente, uma rajada de vento selvagem soprou pela casa, fazendo com que a coruja se contorcesse em seu voo. E lentamente, em silêncio, a coruja se transformou em uma bela mulher de cabelos negros como a noite.
Seus olhos ainda mantinham a intensidade da coruja, mas agora brilhavam com uma força e determinação impressionantes. A mulher ergueu-se majestosamente no meio dos destroços, olhando mais uma vez ao redor para se certificar que não havia visitantes antes de caminhar em direção à silenciosa e escura casa.
Seus passos eram firmes e decididos, e sua presença parecia envolver todo o ambiente em um manto de mistério e magia, escondidos na manta branca que cobria seu rosto. Com gestos delicados e silenciosos, abriu a grande porta principal e adentrou na escura casa.
Algo não estava certo.
A escuridão envolvia a casa como um manto sombrio, apenas interrompida pela fraca luz da lua que penetrava pelas frestas das janelas. Em meio ao silêncio sufocante, um homem se erguia das sombras, sua expressão séria e determinada.
A mulher, continuava a avançar pela sala com uma determinação cuidadosa, seus passos ecoando de forma macabra no ambiente vazio. Foi então que um clique se fez ouvir, e o brilho metálico de uma arma sendo engatilhada cortou o ar.
Ela parou no mesmo instante, sua respiração suspendida, os pelos de sua nuca arrepiados. O homem mantinha a arma apontada para ela, um aviso silencioso para que parasse seus movimentos invasivos.
— Nem mais um passo. — Disse o homem nas sombras com uma voz gélida e ameaçadora
Um silêncio tenso voltou a se instalar brevemente na casa, fazendo o tempo parar brevemente antes que as velas fossem acessas com uma rajada de vento.
— Não se preocupe, eu mordo, mas não vocês... — Disse lady Nana ironicamente se virando e deixando cair o capuz, exibindo seu rosto
— Khum maè ?? A senhora ainda vai me matar do coração um dia desses! — Disse o homem suspirando pesadamente e, então, guardou a arma com a mesma seriedade que a havia empunhado, pronto para proteger sua casa de qualquer invasor que ousasse desafiar sua determinação.
— Seu coração é bem forte, não seja dramático — Disse Nana dando tapinhas no rosto de Sunan — Podem sair, crianças, é a vovó! — Disse Nana em uma voz doce e leve.
As crianças saíam dos seus esconderijos na casa com passos lentos e receosos, como se o medo fosse palpável no ar. Seus olhos arregalados procuravam por qualquer sinal de perigo, enquanto suas mãos tremiam ao segurarem-se nas paredes frias da casa. Olhando para todos os lados de forma temerosa.
— A casa está segura novamente, meus pequenos. — Disse Nana e, com um gesto gentil agachou-se para chamar as crianças que correram em sua direção chorando e falando palavras desconexas.
Lady Nana se curva diante da dor das crianças, abraçando-as em seu peito em um gesto de conforto e proteção. Seus braços envolvem os corpos pequenos e trêmulos, enquanto lágrimas quentes banham seus rostos jovens e assustados. O choro ecoa pelo ambiente, misturando-se ao som da chuva lá fora, criando uma sinfonia de tristeza e desamparo.
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O canto do rouxinol
RomanceSérie melodia do destino: Livro 02 Atualizações: Todos os domingos dois novos capítulos ❤️ Mainá e Serafim são dois irmãos brasileiros que encontram seu destino de amor em terras estrangeiras, embarcando em uma aventura cheia de sonhos e desafios...