Série melodia do destino: Livro 02
Atualizações: Todos os domingos dois novos capítulos ❤️
Mainá e Serafim são dois irmãos brasileiros que encontram seu destino de amor em terras estrangeiras, embarcando em uma aventura cheia de sonhos e desafios...
"Estou gritando com um Deus que eu não sei se acredito, porque eu não sei o que mais posso fazer. Eu ainda estou me agarrando a tudo que já se foi, eu não quero dizer adeus porque dessa vez é para sempre. Agora você está nas estrelas e sete palmos nunca pareceram tão longe. Estou sozinho aqui entre os céus e as cinzas. Isso dói muito por um milhão de razões diferentes. Você tirou o melhor do meu coração e deixou o resto em pedaços" In the stars- Benson Boone
Música do capítulo: In the stars - Benson Boone
Somchai, 2 anos depois
— Khum Sukassen, aconteceu um acidente com sua esposa... — Essas foram as últimas palavras que escutei com clareza antes do meu mundo desabar.
Meus passos ganharam força e direção para apenas um lugar.
Não sei ao certo como cheguei, mas ouvi seus gritos ao chegar, me fizeram correr mais rápido. Eu cheguei. Eu estava lá com você.
— Mainá! — Era tudo que eu podia dizer enquanto corria para abraçá-la
— Eu estou com um mau pressentimento. Nosso bebê... Nosso bebê... — Dizia Mainá entre os soluços
— Vai ficar tudo bem, estamos juntos e vamos enfrentar o que vier, está bem? — Disse Somchai beijando -lhe os cabelos e segurando suas mãos, a moça assentiu concordando. Fez um sinal para todos saírem e todos cresceram se retiraram do quarto.
— Tem algo que eu posso fazer para você se sentir melhor? — Dizia o rapaz acariciando-lhe os cabelos e sentiu que seu corpo relaxou gradativamente com o passar dos minutos
— Só fica aqui...
— Eu estou aqui, vai ficar tudo bem...
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— Khum... Mesmo que seja feito o possível eu... Eu... Eu sinto muito... — Dizia khum Lalá enquanto meu corpo caia pesadamente na cadeira. Eu não sei o que sentir, como me sentir. Sinto como se, a cada momento, tudo desmoronasse mais um pouco... Mainá dormiu com os remédios, mas minha mente parecia carregada de vozes, todas elas gritavam ao meu redor e eu me sentia tonto. Tudo girava enquanto meu estômago se embrulhava no que eu nem comi.
Eu podia ouvir khum ma gritar, precisava levá-la a um hospital, mas minha mente só absorvia ser uma voz distante. A voz que entrou na minha mente só repetia: salvar, salvar, salvar. Eu precisava fazer algo por eles, mas o quê? Mainá não queria hospitais e khum ma não parava de me atormentar sobre o hospital, que era o neto dela que estava em perigo. Eu sei. Era minha esposa e meu filho. Minha única fonte de felicidade genuína naqueles últimos anos. Mainá já estava quebrada demais com o desaparecimento de Serafim e contar o que aconteceria nos próximos dias era um tormento que eu não queria que ela passasse. Não queria que ela pensasse em momento nenhum ser culpa dela pelo corpo não segurar a criança. Ele a conhecia, sabia que ela se culparia como ela se culpou por demorar a engravidar... Ela sempre se culpa quando acredita que ela pode fazer algo diferente, quando a maioria dessas coisas está nas mãos do destino...
