Capítulo 34- A mão que tira da escuridão

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2079 palavras

"O amor é a única coisa que pode iluminar a escuridão mais profunda."- Orlando Bloom

Música do capítulo: Haunted- Evanescence

A noite caía sobre Bangkok , envolvendo tudo em uma escuridão profunda e misteriosa. Mainá e Lady Nana estavam reunidas no quarto de Serafim, preparando o ritual que iria permitir que Sunan entrasse no mundo dos sonhos.

O quarto estava iluminado apenas por velas, que criavam sombras sinistras nas paredes. O ar estava carregado de incenso, que emitia um aroma doce e funéreo. Mainá e Lady Nana moviam-se com precisão, preparando cada detalhe do ritual.

No centro do quarto, um círculo foi desenhado no chão com giz branco. No centro do círculo, um símbolo de proteção, o Olho de Horus, estava desenhado em vermelho. Mainá colocou sete velas pretas ao redor do círculo, enquanto Lady Nana preparava uma mistura de ervas e especiarias para ajudar no processo e garantir a segurança contra invasores.

Lady Nana apresentou uma taça contendo uma bebida escura e viscosa dizendo:

— Esta é a poção do sono eterno— sua voz era baixa e sombria. —Você precisará bebê-la para dormir e entrar no portal.

Sunan olhou para a taça e, com um gesto firme,  pegou a taça e bebeu a poção de uma vez. O líquido queimou sua garganta e estômago, fazendo com que ele sentisse uma dor intensa.

Mainá aproximou-se dele e amarrou dois fios vermelhos em seus dedos e no de Serafim.

— Estes fios são a conexão entre vocês e o mundo dos vivos. Eu estarei aqui segurando a outra ponta, garantindo o retorno de vocês— finalizou mainá enquanto sua voz ia ficando cada vez mais distante para Sunan

Sunan sentiu sua visão começar a embaçar enquanto sua consciência começava a se dissipar. Ele sentou-se ao lado de Serafim, segurando sua mão fria.

"Eu vou te salvar", ele sussurrou, sua voz fraca.

Lady Nana aproximou-se do espelho e o abriu, revelando um portal sombrio e profundo. "O portal está aberto", ela disse. "Seu espírito está sendo chamado."

Sunan sentiu seu corpo perder força, sua respiração se tornando mais lenta. Seu espírito começou a se deslocar do seu corpo, sendo atraído pelo portal.

Ele viu Mainá segurando os fios vermelhos, sua expressão determinada. Ele viu Lady Nana observando-o com um olhar sombrio enquanto ele seguia em direção ao portal.

Sunan fechou os olhos, sentindo-se ser sugado pelo portal. Sua consciência se dissipou, e ele sentiu seu espírito sendo sugado pelo portal sombrio, como se estivesse sendo puxado por uma força invisível. Ele fechou os olhos, sentindo a escuridão envolver seu ser.

Quando ele abriu os olhos novamente, encontrou-se em um longo corredor escuro e sinistro. O ar estava carregado de um cheiro de morte e desespero. O chão sob seus pés era frio e úmido, e as paredes pareciam feitas de uma substância escura e viscosa.

O corredor estava repleto de almas agonizantes, que se contorciam e gritavam em agonia. Elas estavam presas em uma existência de dor e sofrimento, sem esperança de escape. Sunan sentiu um arrepio na espinha ao ver essas almas, sabendo que elas estavam condenadas a vagar por esse lugar para sempre.

No entanto, em meio à escuridão, Sunan viu um ponto de luz distante. Era uma luz modesta, mas suficiente para iluminar o caminho à frente. Ele sabia que essa luz vinha do outro lado do portal de Mainá, o único elo que o ligava ao mundo dos vivos.

O canto do rouxinolOnde histórias criam vida. Descubra agora