2333 Palavras
"Chorar é diminuir a profundidade da dor." Shakespeare
Música do capítulo: Respira - Luis fonsi
Serafim precisou parar e respirar um pouco antes que passasse mal de novo. Seu coração batia descontroladamente e ele podia jurar que não era apenas pela pequena corrida.
" Ele só estava sendo gentil, de qualquer modo. Não pense demais e nem se aproxime demais. " Pensou Serafim tristemente e voltando para sua rotina.
Passaram-se três horas quando a loja finalmente ficou vazia, ele estava preparando- se para fechar quando sentiu um abraço apertado em sua cintura por trás.
— Não faz mais isso, tá? Se for ficar muito tempo na rua me avisa. Pensei que o quinteto dos infernos tinha feito algo com você ou você tinha passado mal. Você é tudo que eu tenho. — Disse Mainá beijando as costas do irmão e de repente parou quando sentiu o cheiro — Você passou mal não foi? Eu estou sentindo o cheiro do remédio descongestionante. Porque você não me avisou, Finn? Você deveria estar descansando!
— Eu estou bem maninha, descansei na casa 25 antes de vir pra casa. — Disse Serafim abraçando a irmã e beijando o topo da sua cabeça.
— Foi por isso que aquela muralha te trouxe?
— Foi, eu estava pálido no caminho de volta e ele não quis me deixar sozinho. Agora vamos fechar que está ficando tarde e ninguém nos ajudará se formos roubados. — Disse Serafim ocultando os outros detalhes
— Verdade, acho que deveríamos começar a nos organizar para nos mudarmos. Papai não vai voltar mais e nem mamãe. Precisamos ir para um lugar mais seguro que aqui... — Disse Mainá pensativa enquanto fechava às portas e janelas com o irmão.
Com um sorriso triste, Serafim concordou:
— Eu também acho melhor, não dá para viver nessa insegurança o resto da vida e fugindo de todas as sombras com medo do que a família Bragança e Mercês pode fazer conosco. — Disse Serafim pensando no evento do dia. Ele poderia aguentar qualquer coisa, mas não queria que nada acontecesse com a irmã.
Fizeram sua rotina como todas as noites, se revezavam para um sempre subia mais cedo para tomar banho e fazer o jantar. Quando o outro subisse, tomaria o banho enquanto quem subia mais cedo colocava a mesa e jantavam juntos.
Mainá terminou de arrumar a mesa e olhava para casa enquanto Serafim não chegava perdida em lembranças de todo tipo.
— Decidiu se mudar mesmo? — Perguntou Serafim sentando-se a mesa
— A decisão não é só minha, precisamos decidir juntos.
— A única coisa que me prende a este lugar é você, maninha. Estou cansado dessa situação ridícula de ser crucificado e ficar preocupado contigo o tempo inteiro por algo que nós nem entendíamos direito o que estava acontecendo.
— Para falar a verdade, eu também. Fiquei desesperada hoje sem notícias suas quando vi o quinteto passando pela venda e fiquei possessa achando que você tinha esquecido do nosso acordo de avisar quando vi você com aquele rapaz. Desculpe.
— Mas o porquê você ficaria chateada só em me ver com ele?
Com cuidado, Mainá segurou as mãos dele e disse:
— Eu quero que você me faça uma promessa: se continuar a sair com ele, conte para ele sobre sua saúde e mostre as medicações que você toma. Eu sei que contar sobre o passado leva tempo, então se ele lhe despertar uma lembrança que causa crise saberá o que fazer e se ele te fizer mal, venha para casa, me avise que eu o mato.
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O canto do rouxinol
RomanceSérie melodia do destino: Livro 02 Atualizações: Todos os domingos dois novos capítulos ❤️ Mainá e Serafim são dois irmãos brasileiros que encontram seu destino de amor em terras estrangeiras, embarcando em uma aventura cheia de sonhos e desafios...