O canto do rouxinol

Capítulo 10- O esperado e o inesperado

3960 palavras

"Quero que lembre quem você é, apesar de todas as coisas ruins que estão acontecendo com você. Porque essas coisas ruins não são você. São apenas coisas ruins que aconteceram com você." Colleen Hoover

Música do capítulo: Liah - Nossa música

⚠️ Alerta de gatilho: o capítulo a seguir contém cenas de violência sexual.

Ao verem o jovem casal se afastando, ambos acenaram e observavam os dois com os seus melhores votos de sorte.

— O que vocês conversaram? Sunan saiu daqui radiante. Fico feliz por ele, mas foi um pouco assustador. Nunca havia visto aquela expressão — Disse Somchai fingindo um arrepio que fez Mainá rir

— Eu queria saber as intenções dele com meu irmão e quais seus verdadeiros sentimentos.
Quando descobri, dei minha benção para cortejá-lo e, seu meu irmão aceitá-lo, o aceitarei como meu outro irmão. Espero muito que eles sejam felizes. Gosto dos dois juntos e da paz que eles emanam... — falou Mainá com um sorriso no rosto devaneando e, sem perceber, segurando o braço do rapaz e aproximando-se em tom de segredo.

Ambos ficaram um pouco tímidos ao notar a proximidade repentina e, para o bem de seu próprio coração, Mainá resolveu não prolongar muito emoções que não trariam nada de bom...

— Bem! Meu papel está cumprido, agora irei me retirar! Peço desculpas por deixá-lo só, mas não creio que seja adequado ficar a passear sozinha com o senhor de noite. Agradeço pela ajuda e mais uma vez lamento. Aproveite a quermesse sim? Tenha um boa noite! - Falou Mainá, afastando-se de repente.

— Espere! Não quer ao menos passear um pouco? Depois eu a acompanho a sua casa como prometi ao seu irmão! Aproveite um pouco também! — Disse Somchai segurando sua mão em um gesto um pouco impulsivo, causando comentários desagradáveis das senhoras próximas. O que deixou Mainá ainda mais desconfortável.

Soltando-se da mão de Somchai, disse:

— Melhor não, não quero ainda mais comentários. Tenha uma boa noite e passar bem. — Disse Mainá levantando um pouco os ombros e saindo saltitante como se nada do que ouviu fosse importante.

Mesmo ele sabendo que eles sempre se viraram sozinhos, ele ficou preocupado e a seguiu para ver se chegaria bem em casa.

A bela garota foi saltitando por quase todo caminho até desaparecer de repente. Isso fez o coração de Somchai errar uma batida e correr na direção em que ela estava caminhando até ouvir os gritos abafados vindo de um beco.

— Socorrooooo! Socorroooo! Me larga!! Não! — gritava chorando desesperada a moça.

A cada palavra dita, Somchai procurava desesperadamente de onde vinha aquele som...

— Eu disse que lhe ensinaria uma lição, sua pequena bruxa! Acha mesmo que você daria o que é meu para aquele japa? Agora você vai aprender a tratar um homem como se dev.... Aiiiii! Sua vagabunda! Eu quero tudo que você oferece àqueles gringos! Você será minha! - esbravejou o homem enquanto a estapeava por tê-lo mordido e rasgava a parte de cima de suas roupas, a imprensando em uma das portas para não ser visto e a impedindo de sair.

Sua mente fervilhava com a vitória, ela seria sua a partir de hoje. Com violência, aproveitou o momento para passar a mão pela parte exposta, lambendo o colo que estava exposto após rasgar enquanto levantava suas saias. Apertava seu corpo para machucar a cada recusa enquanto a moça se debatia desesperada  e chorava tentando se soltar, ela aprenderia a ser obediente, ah se ia....

Mainá se sentia enojada e desesperada a cada toque, sabia que não tinha forças para lutar e preferia a morte a encarar aquele destino.

" Por favor alguém me ajude! " Orava a moça entre soluços e de olhos fechados, ao sentir mãos asquerosas passando por seu corpo.